quarta-feira, julho 04, 2007

As 7 Maravilhas


Fui convidado para o grande espectáculo, onde serão anunciadas as 7 maravilhas de Portugal e do mundo, este Sábado próximo. Ainda estão a tempo de votar e de participar, mais informações em http://www.7maravilhas.sapo.pt . Pessoalmente, considero que todos os monumentos nomeados são já vencedores! E muitos outros ficaram de fora, o que só mostra como Portugal tem tanto para dar e mostra ao mundo, todo um potencial, que tem sido constantemente sub-aproveitado e desconsiderado por sucessivos governos e em sucessivos séculos da nossa história. Até porque é no turismo, e toda a gente que tenha um mínimo de perspicácia e sinceridade sabe isto, está o nosso futuro em termos de potencialidade de desenvolvimento económico...
Oxalá, não seja mais um interesse passageiro no nosso imenso património cultural e arquitectónico, que se esfuma rapidamente assim que é atingido determinado objectivo ou compromisso internacional. A decadência de tantos locais nobres da nossa História, é a mais pura das realidades para quem tem a coragem de a ver, a coragem de, por assim os encontrar, chorar e sofrer!
Como disse um dia, e ainda com triste actualidade, um dos Grandes da nossa Nação e do império da língua portuguesa:


"Mas esta Nínive não foi destruída; esta Pompeia não foi submergida por nenhuma catástrofe grandiosa. O povo, de cuja história ela é o livro, ainda existe; mas esse povo caiu em infância; deram-lhe o livro para brincar; rasgou-o, mutilou-o, arrancou-lhe folha a folha, e fez papagaios e bonecas, fez carapuços com elas.
Não se descreve por outro modo o que esta gente, chamada governo, chamada administração, está fazendo e deixando fazer há mais de um século em Santarém. (...)
Malditas sejam as mãos que te profanaram, Santarém; que te desonraram, Portugal; que te envileceram e degradaram, nação que tudo perdeste, até os padrões da tua História..."


Almeida Garrett in Viagens na Minha Terra

1 comentário:

Anónimo disse...

engraçado como o que foi escrito há 150 anos se aplica ao presente... nada muda...