quarta-feira, fevereiro 28, 2007

"Sanguinário Frustrado"

5. Otelo Saraiva de Carvalho – Membro activo dos famosos capitães de Abril, apesar de ninguém até hoje se ter apercebido de alguma coisa útil que estes personagens contribuíram para o país, naturalmente, porque simplesmente não há! Protagonizou o célebre movimento que tentou levar os supostos “fascistas” para execução no Campo Pequeno. Em privado idolatra o Marx e tem sonhos eróticos com Lenine. Já tentou diversas vezes ser promovido na Assembleia da República a General, mas ninguém foi na sua conversa, especialmente após terem tido conhecimento do “contra tempo” que foi a queda do muro. Esteve por detrás das FP-25, pondo bombas com uma camarada recentemente condecorada e hoje médica, em sujos símbolos do imperialismo fascista (mais uns ignorantes que acreditam, que em Portugal o regime era fascista…) mas este ilustre personagem diz: “Eu só queria era, levar esses reaccionários para o Campo Pequeno, mais nada…”

domingo, fevereiro 25, 2007

"Petas"

4. José Sócrates - Político e (in)felizmente nosso primeiro-ministro. Apareceu literalmente do nada. É o protótipo do homem “modernamente” emancipado que dividia a casa com outro homem, e planeia grandes reformas para estes pais. “Olhe que não, Sr. Deputado”- é a sua frase de apresentação! Planeia (secretamente) transformar este país, numa estância resort para homossexuais e criaturas alienadas do resto do mundo. Faz as suas compras no El Corte Inglês, natural, dada a sua predilecção por nostros hermanos. Não faz a mínima noção das pessoas que dirigem os vários ministérios do seu governo, mas de qualquer maneira elas não interessam para este grande líder ibérico… Único responsável pela reformas, que segundo (ignorantemente) diz: Conduzirão este grande país, apoiadas por ignorantes do país “profundo” que estupidamente continuam a confiar neste personagem, à modernidade estupenda deste novo século

Aptecia- me Desistir


Aptecia- me


Desistir



Fará sentido desistir?
Deixar de lutar por aquilo em acreditamos, por quem acreditamos. Desistir não é um passo atrás, é nunca mais andar. Desistir é vergar perante tudo, as adversidades, os adversários.
Quantos vezes não desistimos já? e será que fez sentido?
Será desistir um acto cobarde?
A vida está cheia de contrariedades, mas quantas vezes não a estragamos com estupidezes? Com momentos de prazeres imediatos pondo o nosso futuro em risco.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Corrupção

Hoje falo de corrupção!
Corrupção??- dizem vocês.
Sim, achei que era um tema pouco usual mas contudo actual.
Visto que em Portugal não se conhecem muitos casos de corrupção, qual é o sentido de eu escrever sobre isso?
Acontece que a corrupção é uma febre que alastra vários países e espero sinceramente que ela nunca chegue a este país de gente honesta, esforçada, pessoas sérias e íntegras que trabalham arduamente para ter BMW’s e Mercedes topo de gama, para poderem passar umas lindas férias na neve ou Brasil ou então para puderem oferecer “fruta” a uns senhores que uma vez por semana se vestem de preto e andam a distribuir gestos, cartões e apitadelas num campo verde com mais 22 “macacos” lá metidos.
Existem em Portugal senhores que se acham mais inteligentes que outros (muitos deles são), só por possuírem fortunas que advém dos seus negócios (sobretudo na construção civil), e acham que podem adulterar uns Planos de Pormenor, ou “comprar” determinado funcionário público sem nada lhes acontecer.
Existem pessoas que trabalham nas câmara municipais portuguesas que são arguidos, mas não o revelam porque ninguém lhes perguntou, este é para essa besta (para não dizer outra coisa), conhecida por Fontão de Carvalho. Ora aqui está uma resposta razoável, uma típica frase dita por um português que acha que consegue convencer/enganar alguém. Este senhor é nada mais nada menos que arguido num processo de corrupção/peculato e ainda consegue cometer a proeza de estar a ser investigado por outro processo exterior a este! Há que louvar estas almas. Como um processo não é suficiente, vamos lá cometer falcatrua para sermos investigados por outro processo.
Acontece que como ninguém nos pergunta nada não somos obrigados a dizer, ou seja as pessoas que nos elegeram, o presidente do partido que nos apoiou não tem de saber nada, pois quando mais tempo as mantiver na ignorância melhor!
Já nem falo de Carmona Rodrigues, esse cara-de-parvo-sempre-sorridente que não se percebe bem o que é anda a fazer. Desconhece- se se sabia ou não que Fontão de Carvalho era arguido e que disse inclusive que se fosse demitia-se( estas palavras foram proferidas em relação a outro processo que abala a câmara da capital, o caso Bragaparques). Mas não irá dar ao mesmo?
A nossa sorte por enquanto é que isto é apenas um caso isolado no universo português, pois desconhece mais actos de corrupção no nosso país. Demos graças a Deus!

Peço desculpa pela discrepância deste tema em relação á eleição da “Bala d’ Ouro” que tem vindo a ser realizada por este blog, más há coisas que não podem esperar.

"Doida"

3. Cláudio/Claudette Ramos- Apresentador de televisão e, bem… vocês sabem mais o quê. Já afirmou que não era gay, só por ter bom gosto, afirmando de seguida que como Michel Jackson só gostava de dormir com homens à noite, porque por vezes tinha medo do escuro e sentia-se sozinho. Melhor amigo do Goucha, do outro preto da caras e do guru do jet-sete tuga, José Castelo Branco. Gosta muito de seguir de perto a vida amorosa de Cristiano Ronaldo pela imprensa cor-de-rosa, enquanto se passeia no Chiado e dá conselhos de moda aos jovens pedintes com cara de poucos amigos, que emitem ruídos e grunhidos ao mesmo tempo que brincam com coisas a arder e se encostam aos seus cães pulguentos. Diz que foi a pessoa em Portugal que mais sofreu com o encerramento da Casa do Castelo, chegando mesmo a adiar uma lipo-aspiração em Cascais, e que pior só quando Sir Elton John fugiu a sete pés do Casino do Estoril.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

"Presbítero"

2. Francisco Louçã- Político, supostamente intelectual, populista e demagogo de serviço permanente na Assembleia da República. Melhor cliente da Hugo Boss e da Channel, a seguir a José Sócrates. Há quem diga que conduz um BMW, mas tais pessoas recusam-se a falar em público e quando interrogadas dizem que afinal Francisco anda mas é num Datsun de 1978. Há quem lhe chame de anti-cristo, mas Joana Amaral Dias disse aos Ecos, depois de cuspir ruidosamente a pastilha que mascava e baixar a cintura das calças de forma a salientar a cueca fio dental, que ele lhe dizia para ser chamado de “pai camarada”. Dizem que além de intelectual, como qualquer esquerdista após a queda do “muro” que se preze, é economista, mas os seus alunos do ISEG juram que só o viram quando foram encontradas plantas de canabis a cresceram no pátio, plantas essas que arrancou discretamente e levou para uma casa-abrigo do bloco ocupada ali perto, para “distribuir” pelos jovens alternativos e rastafaris que realizavam um comício/rave party.

domingo, fevereiro 18, 2007

"Bochechas"

1. Mário Soares- Político, supostamente exilado em França onde participou em inúmeros bacanais e reuniões semi-secretas com agentes comunistas russos, acabando por vender as colónias por tuta e meia. Lorde dos diamantes africanos, membro de honra dos bacanais da Maçonaria e singular responsável, por anos de guerra com os caturras e pela destruição de um império em meia dúzia de anos, império esse com mais de 500 anos de existência! Tem um filho que retalhou a cidade de Lisboa, em especial o chiado, em troca de carícias e confortos de um grupo de amigos e de um grupo de pessoas alternativas (vulgo- Bichonas).

Bala D'Ouro

Apresentados um a um, numa série de mini-biografias, são estes os grandes finalistas, e potencialmente galardoados com a “Bala D’Ouro”, os seguintes nossos notórios co-cidadãos:





1. Mário "Bochechas" Soares



2. Francisco "Presbítero" Lousã



3. Cláudio "Doida" Ramos



4. José " Petas" Sócrates



5. Otelo Saraiva "Sanguinário Frustrado" de Carvalho



6. Odete "Frutinha Camarada" Santos



7. Margarida "Titi light-diet" Rebelo Pinto



8. José "Parvo" Pacheco Pereira



9. Zé "Boneco" Milho



10. José "binladen" Esteves
...
Espero que nos próximos tempos, haja nesta blogosfera um aceso debate, há medida que vou publicando cada mini-biografia, sobre cada um destes nomeados neste ano de 2007!

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Consumismo

O principal problema do consumismo é comprarmos não aquilo que precisamos mas sim tudo o que não precisamos. Não nos falta nem comida, nem roupa, nem condições ou educação como faltou aos nossos avós ou mesmo pais mas a sociedade actual não aprecia tais coisas (essenciais) mas sim a quantidade de coisas supérfulas. Parece reinar o lema ‘quanto maior a quantidade e menor a utilidade, melhor’.
As pessoas são seduzidas pelos media a comprar coisas que, esta lhes faz acreditar serem, indispensáveis; “Porque você não quer um carro, você quer este carro”, afirmam os anúncios, “para alcançar sucesso e status junto da sociedade”! E por mais absurda que seja a ideia, vende e torna a publicidade num dos negócios mais rentáveis que a nossa economia já viu: vendendo um mundo de ilusão, de sonhos; em que basta que alguém conhecido nos apresente um produto para acreditarmos que é tudo o que podíamos pedir independentemente se essa cara familiar tem ou não credibilidade na área em questão.. E se o aspirante a consumidor não possuir as requeridas somas de dinheiro, pede um crédito para comprar uma coisa que não precisa, na verdadeira ascensão da palavra, mas estará anos a pagar, preso as desilusões da vida real face à publicidade. “Se estás de mau humor, vai às compras!”, interjeição base do consumismo, que já todos ouvimos repetir vezes sem conta mas ao contrário do que muitos pensariam não só pela boca de mulheres. Elas são apenas as primeiras a assumir serem viciadas em compras (shoppaholics) enquanto os homens se recusam a admiti-la e continuam a gastar avultadas somas em carros, barcos, casas e relógios, entre outros. Mesmo as crianças e adolescentes reflectem esta nossa sociedade de uma forma designada pelos britânicos de 'pester power' que consiste no processo de pedinchar algo aos progenitores um tão grande número de vezes que estes acabam por lhos dar, vencidos pela exaustão.
Com melhores padrões de vida que os nossos avós podiam sonhar, temos tudo para ser felizes porém somos uma sociedade permanentemente insatisfeita pelo que não consumimos e infeliz pelo que consumimos. Talvez o problema resida em termos de mais ou será não sabermos valorizar o que temos?

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

As 10 pessoas em Portugal, com mais probabilidades de gerar uma rixa popular!


À semelhança do que se passa por aí no mundo virtual, por exemplo no blog http://piorportugues.blogspot.com/ e no site da RTP, os editores deste blog decidiram fazer uma sondagem e um debate não censurado sobre aquelas personagens que se destacam em Portugal, seja por serem simplesmente irritantes, seja por se destacarem pela sua estupidez, ignorância, e/ou superficialidade naquilo que fazem, seja por terem contribuído de forma decisiva para o buraco em que está este país, ou unicamente por contribuírem desnecessariamente para o aumento da emissão de dióxido de carbono para a nossa atmosfera. Estas personagens únicas, mas totalmente dispensáveis e inúteis na nossa sociedade, e aproveitando uma altura em que o homicídio está legalizado, convidam a que o leitor lhes dê um tiro, alguns tiros, muitos tiros, rebentem com eles, atirem-nos para a fogueira, cortem-nos aos bocados, atem-nos a um poste, besuntem-nos com mel e deixem os ursos comerem, etc.…. (Consoante a sanidade ou malícia das suas preferências, ou consoante tenha ou não apanhado um trânsito inacreditável à vinda de casa, que o obrigou a pôr gasolina super-inflacionada e a ter uma “troca amigável de palavras” com o labrego ao seu lado). Em breve farei uma mini-apresentação, para discussão dos nossos visitantes e colaboradores, sobre estas ilustríssimas figuras, capazes de pôr num louco alvoroço homícida a mais pacata aldeia alentejana.
Mas entretanto, a votação já abriu aqui ao lado na secção das sondagens. Vote! Ou neste caso, mate!

Inconstância

Penso que citar o nome de Salazar e/ou tudo o que lhe esteja associado envolve hoje em dia muitos perigos. Não pelo ódio que ele provoca em muita gente, mas sim pela complexidade e dificuldade que representava a sua pessoa.
Ao contrário de outros ditadores Salazar não bajulava a multidão, não lhe agradecia, não se mostrava acessível.
Porquê perguntamos- nos nós, sendo ele um ditador, e como se sabe os ditadores têm uma enorme influência nas massas, procuram fingir que lhes dão importância, tentando- as cativar, fazendo- as professar as suas ideias.
Salazar não lhes dava a mínima importância e diz- nos porquê, pois “não posso adular o povo sem ir contra a minha consciência de que o Estado Novo, sendo embora um regime popular, não é todavia um governo de massas”, e ao povo apenas pedia “confiança absoluta mas serena, calma, sem entusiasmos exagerados nem desânimos depressivos”. Conhecida é também a sua frase proferida em 1938 que diz que “Não se pode, ao mesmo tempo, governar e encantar a multidão”.
Salazar sabia perfeitamente que os que o adoravam, não teriam qualquer problemas em criticá-lo. “Os que desejam aplaudir- me hoje hesitariam em desviar- se de mim se outra paixão se apoderasse deles?", disse certa vez a Christine Garnier. É a essência humana, a grande maioria dos homens serve o poder onde eles esteja, e os poderosos onde quer que os encontre.
Ele conhecia a mente humana, sabia que ela era volúvel, anda conforme a corrente. Tinha das pessoas e do povo a ideia de desleal e desumano, sabia também que “Os que vierem depois vão fazer diferente ou vão fazer o contrário e contra mim”.
Conhecia perfeitamente o seu destino, que depois desses anos todos iria ser criticado e recordado como ditador cruel e desumano, que estragou em país em nome de uma contenção orçamental usando também medidas repressivas para calar os mais críticos. Na sua opinião os homens bem como o poder são efémeros.
Sabia isto e muito mais e apesar disso governou estes anos todos. Certo dia terá dito: “Tenho 68 anos e sinto- me velho. Gostaria de abandonar a política”. No mínimo tudo isto é muito estranho. Isto dá- nos a ideia de que Salazar não passava dum cínico obcecado com o poder.
Mas não nos precipitemos.
A verdade é que quantos mais permanecia no poder, mais ele fazia parte de si. Penso que Salazar estava tão preso ao poder que lhe era impossível haver diferença entre ele e o poder, ele representava o Estado e vice- versa. Podemos concluir então que ele era o Estado.
Ora porquê esta frase, quando a sua saída da Presidência do Conselhos de Ministros se deu (teoricamente, pois já há alguns anos que estava acabado), com a sua morte?
Terá Salazar alguma vez pensado em demitir- se e entregar o governo do país a outro qualquer?
Salazar sabia que mais ninguém tinha capacidade para governar o país nos moldes que ele o fazia, numa ditadura, Marcelo Caetano também o sabia e por isso tentou suaviza-la mas isso não chegou como se viu.
Para Salazar era inquestionável que aquando da sua saída o país cairia no desgraçada que até á sua chegada tinha sido, e por isso procurava atrasa-la mantendo consigo os seus colaboradores, dando- lhes uma esperança que um dia poderiam comandar os destinos do país como até então ele tinha feito, com poder absoluto.
Evitava assim traições de que outros ditadores foram vítimas (nem Hitler escapou).
A mente huamana para ele é frágil e delicada, tem tendência a seguir as “modas”, as correntes humanas e cometer os maiores disparates, a esquecer o que por nós fizeram. A propósito disto recorda- nos o Evangelho onde se diz que “Em quatro dias secaram as flores, murcharam as palmas e os louros, calaram- se os hossanas e os vivas e até as gentes miraculadas não consta que tornassem a aparecer.”
Este texto é inspirado numa reportagem da revista "Magazine, grande informação" de Janeiro de 2006.

domingo, fevereiro 11, 2007

Rescaldo do Referendo sobre o Aborto de 2007

Continuarei, como cidadão, como católico, como ser humano sensível, assumidamente e sem refreio na minha actuação em nome do “politicamente correcto” a promover o que julgo ser melhor para Portugal e a denunciar as tremendas injustiças desta “espécie de democracia que nós temos em Portugal.
Acho deploráveis os comentários tanto de Francisco Lousã como do Pacheco Pereira, denotando ambos uma falta de honestidade intelectual e demagogismo muito acima do suportável. Quem são eles para afirmarem que grande parte dos católicos votou sim, acaso são eles católicos? Ou compartilham de alguns dos louváveis valores, que essa parte da sociedade portuguesa defende? Desculpem mas vossas excelências são tudo menos isso. Ao afirmarem este sim no referendo, como uma vitória da sociedade laica e do desenvolvimento social sobre a sociedade confessional e retrógrada, só demonstram aquilo que já há muito sei mas tenho estado a tentar ignorar – Portugal está repleto de idiotas e ignorantes! Na realidade, este referendo não constitui uma vitória de ninguém mas uma derrota de todos. Nas palavras de Matilde Sousa Franco –“ Um retrocesso civilizacional”. Porque ao contrário do que afirmam essas personagens, muitos dos cidadãos desses “exemplares” países Europeus estão arrependidos das escolhas que fizeram, como está mais que estudado e afirmado. Um avanço era terem votado não, mas enfim… Não percebo como pode alguém bater palmas perante uma vitória do sim, que ao contrário dos demagogos adeptos do sim significa um aumento brutal do numero de vidas que se perdem! Acaso é a morte motivo de festejos neste país?
Quanto aos acima referidos profetas e defensores da nação, parece-me que se estão a enterrar. Digam-me, fez alguém do Sim alguma coisa para diminuir o numero de abortos em Portugal clandestinos ou não até agora? Fez o governo alguma coisa? Quem o fez foi a Igreja Católica, e muitos movimentos cívicos de pessoas informadas e civilizadas, a quem devemos muito. E isso que nunca se esqueça Portugal!!! Sem apoios estaduais, contra muitas vezes as orientações políticas fez a Igreja a esmagadora maioria de obras sociais em Portugal, e sem ela há muito que nos tínhamos perdido. Portanto que se lembrem disso esses ateus, “pseudo-desenvolvidos e intelectuais” como os acima referidos entre outro como as peixeiras da Joana Amaral Dias e da Sr.ª Odete Santos antes de tentarem atacar esta instituição. Porque Deus é eterno, mas os homens não. E a Igreja tudo o que faz, faz não pelos interesses dos homens mas por Deus, nunca se destruindo mas pela sua graça sempre se renovando. Obrigado Ajuda de Berço, Obrigado centros de acolhimento paroquiais, Obrigado aos milhares e milhares de cidadãos que voluntariamente se entregam aos outros sem esperarem nada em troca, porque vocês sim merecem as palmas e louvores de Portugal!
Se alguma coisa aprendi deste referendo foi que primeiro, devia deixar de pagar impostos pois o meu dinheiro vai ser aplicado não onde é mais preciso, não nas instituições que realmente são socialmente relevantes, mas pelo que percebi do discurso sempre estupidificante do desastroso Ministro da Saúde, em pagamentos a clínicas de morte espanholas, financiando as actividades de pessoas sem escrúpulos como a cínica da Directora de uma clínica que falou em directo nesta noite regozijando-se. Ela sim deveria estar presa e bem presa, pois na sua ganância já antes de saber o resultado desta consulta popular começara as obras de uma dessas clínicas, ora será por isso que o governo se envolveu com tanto afinco?
O que me chocou mais ainda, foi ver certos adeptos do sim a contestarem o direito inegável de um médico à objecção de consciência, diria mesmo mais até dever; mas dado o nível dos adeptos do sim, comparado com os do não como Constança Cunha e Sá, Laurinda Alves, Gentil Martins, António Lobo Xavier, Paulo Portas, Padre Vítor Feytor Pinto, entre muitos outros, podemos facilmente chegar à conclusão que não podemos exigir muita qualidade e educação de um Médico que não corta a barba desde sempre, de uma louca do PCP ou de um bando de drogadolas do Bloco de Esquerda ou pseudo-liberais do PS e PSD, ex-militantes do MRPP ou rebeldes como o Miguel Sousa Tavares (sou insuspeito porque gosto muito dos seus comentários habituais e da sua veia de escritor), que provavelmente envergonharia a grande Senhora sua mãe agora e que se calhar só o fez para chatear a sua ex-mulher a grande Laurinda Alves.
A outra conclusão a que chego é que com a honrosa excepção do Norte e das Ilhas do território português, deixando de lado os seguidores de manada da Invicta, é que os portugueses têm o país actualmente que merecem. Estou profundamente magoado e triste neste dia, triste pelo meu País, triste pelos homens que vêem ignorado e escamoteado o seu direito sobre o filho já que pugnam as mulheres pela igualdade e triste pelas mulheres que foram enganadas nesta campanha com falsas promessas de “remédios milagrosos” para o drama do aborto. Venceu alguém, esta noite. Mas esse alguém, foi a cultura de morte, a cultura do relativismo ético e decadência dos valores, a cultura da irresponsabilidade, a cultura do caminho mais fácil, e a cultura da importação do que de errado que se faz lá fora…típico!
As primeiras nações do mundo moderno a adoptar a liberalização do aborto, foram a U.R.S.S. e a Alemanha Nazi. É isto que é modernidade e desenvolvimento?
Enganados por uma comunicação social que deu, incomparavelmente mais protagonismo aos movimentos do Sim, por uma campanha do Sim partidarizada ao contrário da do não (exceptuando o CDS, mas que como partido cristão tem a obrigação de defender o Não), por um Primeiro-Ministro e governo que se envolveram activamente na campanha (sabe-se lá com que interesses), e por uma campanha de engano que começou logo pelo termo Interrupção Voluntária da Gravidez, passando pela formulação conscientemente confusa da pergunta referendada, pois de certeza muita e muita gente não a entendeu e foi enganada pelo termo despenalização. I.V.G.- Que quer este termo dizer? Uma gravidez interrompe-se, para mais tarde se retomar? Um Aborto, e é disso que se trata (termo evitado para não chocar a população) é definitivo e uma violência para a mulher que pode sofrer inúmeros danos irreversíveis e para o feto que além de morrer e desaparecer aquela vida única e irrepetível, não é um nada como muitas pessoas crêem às 10 semanas e em muitos casos resiste às brutais técnicas abortivas tendo de ser retirado à força e retalhado cá fora até morrer como demonstram várias imagens. Isto Portugal, foi a verdade que alguns de vocês decidiram ignorar! Possam as vossas filhas e filhos, um dia, perdoar-vos.
Um dia vão-se arrepender todos os que votaram Sim, alias como está a acontecer nos E.U.A e em França, mas nessa altura será sempre tarde demais! Mas representadas nestas imagens estão todas as principais religiões do mundo (Budista, Católica Romana e Ortodoxa, Muçulmana, Hindu e Judaica e todas elas sem excepção defendem a vida e condenam o aborto. O aborto para lá de ser pecado, é sempre um mal!

A não vinculação do referendo


Não há outra palavra que defina melhor a abstenção ao referendo do aborto do que escândalo.
É inadmissível haver pessoas que se recusam a exercer o seu direito, mas sobretudo o seu DEVER.
É incompreensível como é que os portugueses se recusam a fazê-lo nas alturas em que são chamados e vêm depois barafustar com o seu direito a serem ouvidos para os jornais, rádios, televisões.
Se é para haver abstenção, então que não haja direito ao voto!
Como é que mais de 5 milhões de portugueses se “baldam” a um referendo onde está em causa o direito á vida ou facto de as mulheres não terem de ser julgadas por práticas abortivas. Têm opinião própria, mas recusam- se a expressá-la.
Quem não o faz agora não tem direito nenhum a fazê-lo depois, pois foi- lhe dada liberdade de expressão mas recusou exercê-la na altura em que devia
Que exemplo damos nós aos nosso políticos e governantes, com este resultado absurdo?
Mostramo-lhes que não vale a pena referendarem mais nada, pois haverá sempre abstenção, e tudo o for sujeito a referendo terá como resultado: NÃO VINCULATIVO; e a partir daí deixaremos de ter liberdade de expressão, tal e qual como se isto fosse uma ditadura.
Passará a ser tudo decidido na Assembleia da República.
Saímos de uma ditadura fortemente criticada, por entre outras coisas, não ser permitido o direito ao voto, e chegamos ao este ponto em que não vamos votar porque está a chover?
Que exemplo damos á Europa e ao Mundo com este resultado? Este referendo foi notícia de abertura em varias canais como o Eunonews ou a BBC, a própria Espanha tem seguido os acontecimento que aqui se passam com especial atenção? Dizemos- lhes apenas que somos um bando de pessoas sem carácter que vivem no mais puro comodismo!
P.s- É também inacreditável que haja pessoas a festejar e a bater palmas por passar a ser legal matar em feto em qualquer situação.

A gravidez é SEMPRE uma Dádiva


ABORTION, NEVER - video powered by Metacafe

Abortar a pedido, e passar o resto da vida a desejar que não tivesse acontecido??? Não Obrigada!!!

A falácia dos argumentos do Sim



Os argumentos do sim, nesta recta final da campanha, reduziram-se a cinco argumentações enganosas (em grande medida por se aperceberem que a sua campanha não estava a dar frutos, pois na comparação das sondagens de à oito anos com as deste ano, o aumento de votos é no não, o que prova realmente uma amadurecimento da população se bem que insuficiente espero estar enganado), uma que o aborto deve ser legalizado por uma questão de saúde pública, outra porque é a única maneira de combater o aborto clandestino, que o número de abortos não vai aumentar, que a criminalização é uma questão de país subdesenvolvido que sujeita as mulheres a uma pena de prisão ainda mais traumatizante, e finalmente que se trata de uma despenalização para evitar levar mulheres a tribunais e não uma liberalização.
Ora vou começar a desmontar estes argumentos tão simplistas, tarefa ademais muito fácil.
Quanto à primeira questão, se é verdade que o aborto clandestina tem consequências nefastas para as mulheres que o praticam em condições precárias, verdade também é que o aborto, e esta é a verdade abafada em toda esta campanha pelos militantes do sim que tanto gostam de factos científicos, mesmo feito nas melhores condições possíveis deixa marcas indeléveis, marcas físicas e marcas psicológicas, ambas com consequências gravíssimas para a saúde da população feminina e elas sim uma questão de saúde pública. Lembrem-se, e até os militantes do sim o admitem, o aborto não é um acto livre, inoculo, e desprovido de consequências, é um acto que deve ser evitado a todo o custo. Alguns dados científicos publicados em estudos internacionais, sobre o aborto realizado em hospitais e clínicas privadas, aqui não se trata do tão empolado aborto clandestino:
89% Das mulheres que abortam, mostram arrependimento pela sua decisão
79% Mostram sentimentos agravados de culpa
59% Revelam graves sinais de stress pós-traumático
Milhares de mulheres apresentam problemas de ordem física, nomeadamente infertilidade, danos permanentes no seu sistema reprodutor, entre outros…

Quanto à segunda questão, é totalmente falso que a única maneira de combater o aborto clandestino seja através de uma liberalização, até porque é facilmente compreensível para todos o que é que acontece após as 12, 13, 14, … semanas!? Será, que estas mulheres deixarão de recorrer ao aborto clandestino? Não me parece. Quem somos nós para proclamar na lei, a irrelevância jurídica de um feto até às 10 semanas, e dar protecção a um feto com 10 semanas e um dia? O que ninguém ainda não percebeu, ignorando as opiniões das mentes mais conceituadas e intelectualmente honestas do nosso país (a maioria da verdadeira classe médica, incluindo a ordem, a maioria dos nossos filósofos de renome e outros cientistas), é que a vida humana começa no acto da concepção, é aquela união de células que vai dar origem a um ser humano. Ás dez semanas o coração já bate, e quem nega aí a existência de uma vida? Será argumento, dizer que esse feto não sobrevive sem a mãe? E um bebé acabado de nascer sobrevive? E um deficiente profundo? Será por isso que os devemos eliminar, desta sociedade materialista? Somos piores que os nazis. Nazis esses que foram muito criticados, mas agora que por exemplo na Holanda se advoga a eutanásia para os idosos e deficientes, profundos ou mesmo leves, só por tais pessoas constituírem um fardo para a economia, pergunto-me se estaremos tão longe dos planos dementes de perfeição da raça humana e eficiência a todo o custo de Hitler. Mais, acham vossas excelências, que uma miúda de 12 anos que agiu sem consciência numa noite, vai recorrer a um hospital público onde vão certamente chamar os seus pais, ou ao vão de escada visto que o que ela quer mesmo é que ninguém saiba que teve relações sexuais??? Anda tudo a dormir em Portugal? Não! O aborto clandestino vai diminuir se calhar, mas nunca vai desaparecer.
Quanto à terceira questão, desculpem mas só me apetece rir, ou chorar, então o numero de abortos não vai aumentar, segundo eles porque ninguém obriga ninguém a abortar? Dados dos respectivos governos:
Em Espanha em menos de um ano, o número de abortos duplicou
Nos Estados Unidos, o número de abortos aumentou 654%

Prova é o arrependimento de muitos franceses, que apelam ao sinal moderno de Portugal para alterar a tendência da cultura de morte que se propagou pela Europa nas últimas décadas, mostrando um sinal de verdadeira maturidade social e dos direitos humanos ao votar não, rejeitando o aborto pago com o dinheiro dos contribuintes. Quando fecham maternidades, urgências e centros de saúde, quando milhares são privados dos cuidados necessários à sua saúde, vamos nós aumentar a despesa pública e cortar noutros sítios, aumentando o caos das listas de espera, ocupando camas e mesas de operações para financiar abortos em hospitais ou pagar os salários das clínicas privadas de morte dos espanhóis????
Então não sabem, que uma das funções da lei penal é exactamente desencorajar as pessoas a praticarem actos, que são considerados danosos de outros bens jurídicos dignos de protecção legal? Mesmo que ninguém seja condenado, mesmo que não se acabe com o flagelo do aborto, só salvar nem que seja uma vida vale sempre a pena (Como dizia um dos grandes: “Porque tudo vale a pena, quando a alma não é pequena”). E é isso mesmo que nos temos de compreender, somos ou não uma nação civilizada baseada nos direitos naturais inerentes à pessoa humana e dela inseparável? O direito à vida deve ou não deve ser protegido em todas as circunstâncias, e sobre todas as coisas? Não é um direito que se sobrepõe, clara e naturalmente à liberdade de escolha da mulher? Exactamente, a resposta numa sociedade desenvolvida e construída na paz e desenvolvimento da pessoa humana em todas as suas potencialidades, só pode ser uma – É! E tem um feto esse direito? Sob pena de transformar um feto num nada jurídico, equivalente a uma planta ou até uma pedra, com menos protecção que os animais até, a resposta só pode ser- Tem! Um feto não é um nada, é qualquer coisa, é muita coisa, é uma vida e uma vida humana, e disso ninguém pode fugir. Não é por acaso que a própria lei, nomeadamente em matéria sucessória, concede capacidade a nascituros (fetos ainda não nascidos). E alguns direitos nomeadamente o mais essencial deles todos a vida, esse feto terá sempre de ter pela simples razão de ser, um ser humano.
Quanto à quarta questão, uma alternativa já foi proposta por alguns adeptos do não, mantendo a função dissuasora da lei poder-se-á evitar a prisão alternativa, através de uma suspensão de penas ou de penas alternativas. Ninguém que uma mulher na prisão, apesar do acto que ela cometeu ser gravíssimo e legitimamente condenável, se houverem certas atenuantes e se não houver reincidência, por exemplo. A verdade é que é o ministério público quem tem de ter sensibilidade a estas questões, e perseguir quem merece ser incansavelmente perseguido e severamente castigado, falo dos “profissionais da saúde” e das “parteiras” que lucram e auxiliam o aborto clandestino, seja através de intervenções cirúrgicas seja através de comprimidos! Mas será isso, razão para liberalizar ao aborto? Factos do Ministério da Justiça:
o Não há em Portugal, nenhuma mulher presa pela prática de aborto, independentemente do que os militantes do sim possam dizer
O que nos leva ao último argumento, será uma liberalização ou uma despenalização o que nos propõem na pergunta pessimamente mal formulada, que vai ser hoje levada a referendo? Ao contrário do que se possa pensar não é esta questão indiferente. Uma liberalização importa sempre um legalizar descontrolado e totalmente livre, de uma prática que em principio é condenável ou a evitar numa sociedade ordenada sob os princípios da justiça, bem, paz e desenvolvimento social; uma despenalização comporta a contrário, uma retirada da pena associada a certo acto ou omissão, mediante o preenchimento de certas condições, pois em principio o acto é proibido e evitável a todo o custo. A anterior alteração à lei era uma despenalização de certos casos, esta pergunta o que nos convida (como já o afirmaram os mais excelsos juristas portugueses e o próprio bastonário da ordem dos advogados) é a uma liberalização inconsciente. A verdade é que os casos mais graves, aqueles que possivelmente poderiam justificar a morte de um ser humano, já estão previstos na lei o que nos leva à pergunta: Quem aborta em Portugal actualmente, sem artifícios ou enganos? Eu respondo. Adolescentes que não querem prejudicar a sua vida, com o filho que iriam ter e mulheres que não têm condições para ter filhos ou ter mais filhos. Às primeiras digo que por elas não terem pensado, num dado momento de calor, nas consequências dos seus actos o vosso filho não tem de pagar pelos vossos erros. Com a informação e os métodos actuais hoje em dia, desculpem mas é verdade, só engravida quem quer. Resumindo, mesmo que seja por azar, quem está preparado para ter uma relação sexualmente activa também de ter consciência e maturidade para assumir as possíveis consequências dos seus actos. Exijam responsabilidade do vosso amante. Tenham mais responsabilidade naquilo que fazem e não pensem só no imediato e no agora! Digam aos vossos pais o que andam a fazer, e peçam-lhes ajuda e compreensão. Quanto às segundas, uma razão material nunca pode ser motivo para matar, e temos de estar dispostos, eu pelo menos estou, a viver um bocado pior se for para trazer mais uma criança inocente ao mundo. É esse o mal da nossa sociedade, ligamos a felicidade às coisas que pensamos que possuímos e aos bens que pensamos que temos; o que não poderia estar mais longe da verdade.
O mal combate-se sempre pela raiz, tal como uma casa não se começa a construir pelo telhado, e por isso o que temos de fazer é:
o Investir fortemente no planeamento familiar, na distribuição e na disponibilização dos métodos anti-conceptivos.
o Criar uma cultura de responsabilização desde as camadas jovens acerca do acto sexual, e não uma banalização ou uma liberalização do aborto como mais um método contraceptivo de emergência (o mau resultado está à vista nas pílulas de emergência, tomadas por muitas jovens sem conhecerem os efeitos nefastos para a sua saúde)
o Fortalecer os apoios sociais às mães solteiras, aos jovens casais, e às famílias numerosas, dando enormes benefícios sociais a quem decide ter um filho, pois é o que a baixa natalidade do nosso país à muitos anos pede aliás.
o Contribuições estaduais para as instituições que acolhem bebés, cujos pais optaram por não os criar por não terem condições ou não o desejarem
o Perseguir quem lucra com o aborto clandestino eficazmente
o Construir uma cultura de vida e não de morte.

Ao contrário do que o Pacheco Pereira pensa, nem todas as pessoas em Portugal são intelectualemente bem formadas e racionalmente emanciapadas (ele certamente é um desses casos, e esses ideais liberais já se provaram ultrapassados e erróneos), e portanto um Não significa salvar a vida de quem não iria nascer, se a sua mãe não se tivesse abstido de abortar nem que seja por respeito ou temor à lei, às condições do aborto clandestino ou à reprovação da sua moral e da sociedade em geral. Nem todas as pessoas são livres o suficiente, na verdadeira acepção da liberdade, para tomar a decisão certa, e portanto compete à sociedade estabelecer a conducta aceitável e a conducta reprovável, na medida da salvaguarda dos interesses jurídicos superiores às liberdades individuais - neste caso, a vida humana.
Por favor, votem em consciência e pela consciência!

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O abandono do dia


Deixo aqui um pequeno texto, que reflecte este dia, do grande Bernardo Soares (in Livro do Desassossego):


"Fluido, o abandono do dia finda entre púrpuras exaustas. Ninguém me dirá quem sou, nem saberá quem fui. Desci da montanha ignorada ao vale que ignoraria, e meus passos foram, na tarde lenta, vestígios deixados nas clareiras da floresta. Todos quantos amei me esqueceram na sombra. Ninguém soube do último barco. No correio não havia notícia da carta que ninguém haveria de escrever.

Tudo, porém, era falso. Não contaram histórias que outros houvessem contado, nem se sabe ao certo do que partiu outrora, na esperança do embarque falso, filho da bruma futura e da indecisão por vir. Tenho nome entre os que tardam, e esse nome é sombra como tudo."
(Fotografia cedida por: Francisco Nobre

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Amantes da arte em geral e fotografia em particular

Aconselho vivamente duas exposições que se encontram no Centro Cultural de Belém, até ao dia 25 do corrente mês, da autoria de Nuno Cera e Candida Höfer.
A primeira, entitulada Fantasmas, de caracter fortemente subjectivo, recorre não só a fotografia mas também ao desenho e vídeo para tratar o tema; tema esse que não é seres de existência duvidosa mas sim sentimentos ou sensações que apesar de não ser visualmente visiveis são como que mentalmente visiveis ou dedutivas. Tem como principal característica o contraste entre o claro e o escuro ou mesmo a visão do autor e a realidade recorrendo ao tempo, luz ou sua ausência, repetição, metafóras visuais,..

As imagens acima são representativas do seu trabalho, neste caso o "fantasma" é de uma pessoa que acabou de abandonar o local de trabalho ou a residência precária mas outras há em que é um incêndio que acabou de vestir de preto uma floresta queimada ou a continuação de um corredor que nos parece infinito.
A segunda exposição traz ao nosso país uma fotógrafa de renome internacional com o objectivo de retratar os mais belos cenários e monumentos públicos e privados que possuímos desde a Biblioteca Joanina ao Mosteiro dos Jerónimos, a artista empenhando apenas uma câmara concede uma inimaginável luminosidade a estas belezas que fazem parte do nosso quotidiano mas parecemos ver pela primeira vez. Corre que, depois de terminado o trabalho, a artista se confessou rendida a beleza do nosso país e foi exactamente assim que me senti finda a visualização desta magnífica exposição.

Resumindo, recomendo a todos os que puderem, que aproveitem estas iniciativas.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

A Senhora Drª Manuela Ferreira Leite



Isto é uma Senhora. A sua entrevista na Sic Noticias demonstrou todo o gabarito, toda a educação, toda a inteligência da nossa ex-Dama-de-ferro das finanças, uma das nossas governantes mais mal compreendidas e difamadas, sem razão, de sempre. As suas palavras tocaram-me profundamente e quando me apercebi de toda a coerência lógica e sensível do seu discurso, vi realmente o que Portugal perdeu ao não ter esta Sr.ª à frente dos destinos deste país.
O Engenheiro Sócrates voltou muito chateado lá da China, onde o seu governo cometeu mais uma das suas muitas “gaffes”, voltou chateado e preocupado… Com o quê? Com a possibilidade do não ganhar! Isto é óbvio e está ao alcance de todos. Foi por isso que afirmou que se o Não ganhar não muda nem um “centímetro” na lei actual, rejeitando assim as propostas de inúmeros defensores do não (incluindo algumas ilustres deputadas socialistas), no sentido de legislar a suspensão de pena para as praticantes de aborto. Como diz, simplesmente a Senhora, se ele se preocupa mesmo com as mulheres, se realmente quer descriminalizar e não liberalizar, porque se para um jurista há diferença também para um cidadão particular a há, pois uma implica uma despenalização ou uma revogação da pena associada à infracção, outra implica um banalizar completo de uma actividade por si mesmo errada (como até os activistas do Sim o admitem), porque não está disposto a ouvir estas propostas de bom senso e razão??? Porque o que o PS quer, não é a descriminalização é a liberalização. E a tão usada bandeira de campanha, o mais que ouvido argumento da prisão das mulheres e da humilhação a que estão sujeitas, longe de ser uma questão inultrapassável em face da lei actual como o Engenheiro e os seus apoiantes dão a entender, revela-se cada vez mais como uma questão acessória e facilmente resolúvel (como aliás o explicam, conceituadíssimos penalistas). E isto, minhas Senhoras e meus Senhores, assusta profundamente o nosso Primeiro-Ministro. O seu cavalo de batalha, está-se a esfumar no ar…
Diz esta minha Senhora que o que está em causa é uma questão de consciência, uma questão moral, uma questão de valores (O DIREITO À VIDA DE UM SER INOCENTE), e que se assim não for, se a sociedade abdicar destes valores que a regem e que a mantêm coesa, então nenhuma das outras discussões que o nosso país precisa, nenhum dos outros assuntos a precisar de resolução urgente, valerá a pena.
Como relembra igualmente, a solução não é dar lugar ao aborto indiscriminado, ao aborto sem apresentação de razões sólidas e válidas, a solução é apoios sociais, como os que têm sido esquecidos de dar a instituições como a Ajuda de Berço e Ajuda de Mãe que já criaram mais de 80.000 crianças, ou sejas, salvaram mais de 80.000 vidas humanas. Isto sim é escandaloso, isto sim é vergonhoso, a falta de apoio que estes pilares do nosso apoio social privados têm em Portugal!!!
Parafraseando A Senhora: “ O aborto clandestino vai continuar a existir, seja após as dez semanas seja antes, a pena de prisão vai continuar a ser aplicável apões esse período, e quem aborta clandestinamente vai continuar a abortar… Pois a miúda de doze anos vai abortar num hospital para os pais saberem, ou irá abortar clandestinamente???”
A triste ironia, é que com o Sim é que continua tudo na mesma.
Onde está a hipocrisia?

sábado, fevereiro 03, 2007

Dependência



Portugal tem incorporado em si, uma crença, um pensamento, um modo de vida, que dá pelo nome de “Sebastianismo”.
O Sebastianismo consiste em pensar que um dia “as coisas” vão ficar melhores, um dia virá alguém que nos levará até á glória eterna, á construção de um império como o grego ou romano, o chamado Quinto Império, segundo Fernando Pessoa.
“As coisas” têm de ficar melhores AGORA. Á mais ou menos 3 anos José António Saraiva dizia que “o principal problema português é a inexistência de uma classe empreendedora forte, independente de Estado, capaz de fazer andar o país para a frente”. Isto não só apoia o que disse, na medida em que são raros os casos de pessoa que tentam inverter esta tendência, fazendo algo, criando, inovando que tentam fazer o país andar para a frente; como também nos revela outra parte, a dependência dos portugueses em relação ao estado!
Vivemos no mais puro comodismo, o Estado é o nosso anjinho da guarda, o nosso ombro amigo.
Esta tendência está em muitos acontecimentos da história nacional, e fui agravada sobretudo com a o governo autoritarista de Salazar, sem que este tivesse qualquer culpa...directa. Com o Salazarismo, os portugueses tornaram- se ainda mais dependentes do Estado.
A propósito disto Salazar dizia, sabiamente, enquanto ministro das finanças: “Têm os portugueses dois vícios: o Estado é o inimigo que não é crime defraudar e deve ser o protector da sua incapacidade, o banqueiro inesgotável da sua penúria”.
Quantas vezes não vemos na televisão sempre que á uma qualquer “desgraça”, como a queda de granizo numas vinhas, em que agricultores vêm reivindicar subsídios; ou que depois de um qualquer incêndio aparecem coros de protestos onde são exigidos os mesmos subsídios?
Antes de exigirem isto os portugueses têm de perceber que o governo não tem culpa do estado do tempo e que também não é o culpado por haverem pessoas que depois inúmeros avisos e alertas continuam a não limpar as matas ou pinhais. O governo não pode ser o seu ganho pão, o tapa- buracos, a “Maria do amparo”. Mas isto são pormenores acessórios, podem argumentar vocês. Acontece que são pormenores como estes que fazem a diferença, que marcam as mentalidades!
É preciso começar a pensar como dizia Kennedy, em perguntarmo- nos o que podemos fazer pelo nosso país e não o que ele pode fazer por nós.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Algumas das graves e muitas asneiras do Ministro Correia de Campos


Depois de este Sr., se é que tal adjectivo é adequado para qualificar este ente, ter dito quando estava a promover o sim no referendo do aborto que ao menos ele não enforcava pessoas, numa piada de muito maus gosto (que não merece ser sequer repetida) referindo-se à horrível execução de Saddam, e depois deste mesmo ministro ter dito a todos os portugueses que a culpa das chamadas “taxas moderadoras” da cirurgia e internamento, eram culpa dos doentes que recorriam a estes tratamentos sem ser necessário, vem agora proibir a publicação de um estudo que põe em evidência a atitude mafiosa das farmacêuticas, e a quantidade astronómica de dinheiros públicos que o estado despende para estas entidades!
Chega de tanta irresponsabilidade! Exigimos a sua imediata demissão!
Na cabeça desta pessoa, os portugueses como não têm mais nada que fazer, submetem-se a cirurgias e a internamentos apenas por pura diversão?! Devo relembrá-lo que são os médicos, aqueles que estão na posse de todas as faculdades e capacidades, e não o ministro ou os utentes do S.N.S., aqueles que estão em efectivas condições de determinar quem precisa de tais tratamentos. A imposição desta taxa, não só viola o direito à saúde de todos os portugueses, previsto no artigo 64º da nossa Constituição que passo a citar:
Nº1- Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover.
Nº2- O direito à protecção da saúde é realizado:
a) Através de um serviço nacional de saúde universal e geral, e tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;

Como não passa de uma manobra para gerar receitas neste sector, através de uma dupla tributação dos cidadãos que já com os seus impostos pagam a saúde e agora, numa altura em que as boas condições económicas não passam de uma quimera, com as tais “taxas moderadoras”, ou devo dizer puras taxas e tributações.
Da infeliz comparação acima referida, acho que não vale a pena dizer nada, a não ser constatar que apesar de o povo português desde cedo se ter interessado pela protecção dos direitos fundamentais e inerentes a qualquer pessoa humana, pessoas ainda há, que desconhecem o profundo alcance basilar e enformador dos direitos do Homem.
Já a mais recente prova de incapacidade, admira-me que ainda alguém ache que vive em democracia, e se queixe da censura do Estado Novo, pois a censura actual é muito mais subtil e infinitamente mais perversa. Todo o sistema está inquinado pela ganância, pelos interesses de alguns (os ditos lobbys), e pela incapacidade governativa em geral de quem rege os destinos “democráticos e republicanos” do nosso país. O desperdício de fundos do erário público a todos interessa, mas a certas pessoas e grupos o que interessa é que esse desperdício não acabe. Quando tal estudo foi encomendado com dinheiro dos próprios contribuintes, a sua censura então torna-se inadmissível e até ilegal.
É altura de todos abrirmos os olhos, e apercebermo-nos de quem realmente comanda os destinos da saúde do nosso país. Reparem na inaplicabilidade e contestação da venda de medicamentos sem necessidade de receita, assunto deliberadamente “abafado” e já esquecido, em locais fora das farmácias no nosso país. Quem contestou esta medida? Sim, porque quando vou a uma farmácia comprar uma caixa de aspirinas os técnicos explicam-me tintim por tintim os efeitos, consequências, e contra-indicações desse medicamento… por amor de Deus, chega de hipocrisia! E a corrupção dos profissionais da saúde, através de dinheiro, viagens mascaradas de congressos e outros que tais, quem a fomenta???
O Estado não acaba com o prejuízo que a venda de medicamentos, em caixas e não unitariamente dá tanto para os contribuintes como para os doentes, porque é refém das enormes quantias que deve a este cartel. E essa meus senhores, é a inolvidável verdade.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O Flop da Ota



Finalmente começaram as obras do metro de Lisboa, na ligação da rede metropolitana ao aeroporto. Ligação essa, que já há muito deveria ter sido concluída, numa capital europeia como é Lisboa. Relacionado com este assunto, está outro que queria aqui discutir – A construção do aeroporto da Ota. Compartilho da posição, do grande jornalista e escritor, filho da nossa saudosa poetiza Sophia, Miguel Sousa Tavares, de que este projecto é mais um sintoma da nossa megalomania, acrescento da ganância de alguns, e um tremendo erro dada a situação orçamental do nosso país.
Se actualmente, quando se transporta uma quantidade de bagagem minimamente considerável, é quase impossível ir para o aeroporto sem ser de táxi, como vai ser para ir para Ota? Quem está disponível, para pagar mais de vinte contos para se deslocar até lá??? Só se for, o Sr. Mário Lino, porque eu não.
Quanto às futuras ligações, com a rede de transportes públicos, além do problema da bagagem já referido, temos o problema dos atrasos e insuficiências crónicas na nossa rede de transportes… Porque com a Ota, haverá de ser diferente? Quem está disposto, a ir para o aeroporto três horas antes do Check-in??? Eu não, só se for o Sr. Sócrates com todo o tempo livre que tem.
Já para não falar, no aumento de transito exponencial na auto-estrada principal do país, que já de si está suficientemente saturada, quanto mais não estará com esta obra faraónica? Quem está disposto, a ficar horas em engarrafamentos, com o taxímetro a contar, antes de uma viagem??? Eu não. Só se for, os muitos secretários de estado, que entre viagens pagas como despesas de deslocação, ainda arranjam tempo para umas aulas de yoga.
Será que ninguém vê a realidade, por detrás desta opção deste executivo? A outra localização, dizem que foi rejeitada por problemas ambientais… pois sim. Não será mais porque certas e determinadas pessoas, tais como o “bochechas” Mário Soares entre outros, têm terrenos na Ota? Que só por acaso, até se valorizaram com o anuncio deste projecto, quando antes nada valiam! Serão só coincidências? Ou será que tudo não passará de uma marosca, com o objectivo de angariar clientes para o outro projecto megalómano, apresentado como modernização, do T.G.V.? Isto porque sendo as viagens hoje em dia já tão demoradas, cortesia do Sr. Bin Laden e companhia, com intermináveis filas para a revista, para o check-in, e até para embarcar no avião, obrigando as companhias a um período de antecedência no que toca ao check-in, cada vez maior antes da viagem, não acredito que alguém vá continuar a usar o avião para distâncias comparativamente curtas como Porto, Faro ou até Madrid. É mais rápido e mais barato ir de carro, ou comboio.
Por tudo isto, impõe-se a pergunta: Que outros interesses estarão por detrás desta obra, que outros lobbys, quem tem a ganhar com a construção de um aeroporto supérfluo? Construtoras, entidades que vão explorar o espaço, membros da administração publica que vão encher os bolsos, parasitas que desviam os fundos da U.E., Srs. betão e do cimento… quem?
A Portela tem ainda muita capacidade, eu diria que ate a capacidade suficiente para um país como o nosso, e numa altura de contenção orçamental em que nos pedem tantos sacrifícios, gastar dinheiro desta maneira, desperdiçando por exemplo dinheiro em ampliações da portela e acessos que se tornarão absurdos se construírem a Ota, parece-me no mínimo de mau senso.