Finalmente começaram as obras do metro de Lisboa, na ligação da rede metropolitana ao aeroporto. Ligação essa, que já há muito deveria ter sido concluída, numa capital europeia como é Lisboa. Relacionado com este assunto, está outro que queria aqui discutir – A construção do aeroporto da Ota. Compartilho da posição, do grande jornalista e escritor, filho da nossa saudosa poetiza Sophia, Miguel Sousa Tavares, de que este projecto é mais um sintoma da nossa megalomania, acrescento da ganância de alguns, e um tremendo erro dada a situação orçamental do nosso país.
Se actualmente, quando se transporta uma quantidade de bagagem minimamente considerável, é quase impossível ir para o aeroporto sem ser de táxi, como vai ser para ir para Ota? Quem está disponível, para pagar mais de vinte contos para se deslocar até lá??? Só se for, o Sr. Mário Lino, porque eu não.
Quanto às futuras ligações, com a rede de transportes públicos, além do problema da bagagem já referido, temos o problema dos atrasos e insuficiências crónicas na nossa rede de transportes… Porque com a Ota, haverá de ser diferente? Quem está disposto, a ir para o aeroporto três horas antes do Check-in??? Eu não, só se for o Sr. Sócrates com todo o tempo livre que tem.
Já para não falar, no aumento de transito exponencial na auto-estrada principal do país, que já de si está suficientemente saturada, quanto mais não estará com esta obra faraónica? Quem está disposto, a ficar horas em engarrafamentos, com o taxímetro a contar, antes de uma viagem??? Eu não. Só se for, os muitos secretários de estado, que entre viagens pagas como despesas de deslocação, ainda arranjam tempo para umas aulas de yoga.
Será que ninguém vê a realidade, por detrás desta opção deste executivo? A outra localização, dizem que foi rejeitada por problemas ambientais… pois sim. Não será mais porque certas e determinadas pessoas, tais como o “bochechas” Mário Soares entre outros, têm terrenos na Ota? Que só por acaso, até se valorizaram com o anuncio deste projecto, quando antes nada valiam! Serão só coincidências? Ou será que tudo não passará de uma marosca, com o objectivo de angariar clientes para o outro projecto megalómano, apresentado como modernização, do T.G.V.? Isto porque sendo as viagens hoje em dia já tão demoradas, cortesia do Sr. Bin Laden e companhia, com intermináveis filas para a revista, para o check-in, e até para embarcar no avião, obrigando as companhias a um período de antecedência no que toca ao check-in, cada vez maior antes da viagem, não acredito que alguém vá continuar a usar o avião para distâncias comparativamente curtas como Porto, Faro ou até Madrid. É mais rápido e mais barato ir de carro, ou comboio.
Por tudo isto, impõe-se a pergunta: Que outros interesses estarão por detrás desta obra, que outros lobbys, quem tem a ganhar com a construção de um aeroporto supérfluo? Construtoras, entidades que vão explorar o espaço, membros da administração publica que vão encher os bolsos, parasitas que desviam os fundos da U.E., Srs. betão e do cimento… quem?
A Portela tem ainda muita capacidade, eu diria que ate a capacidade suficiente para um país como o nosso, e numa altura de contenção orçamental em que nos pedem tantos sacrifícios, gastar dinheiro desta maneira, desperdiçando por exemplo dinheiro em ampliações da portela e acessos que se tornarão absurdos se construírem a Ota, parece-me no mínimo de mau senso.
Se actualmente, quando se transporta uma quantidade de bagagem minimamente considerável, é quase impossível ir para o aeroporto sem ser de táxi, como vai ser para ir para Ota? Quem está disponível, para pagar mais de vinte contos para se deslocar até lá??? Só se for, o Sr. Mário Lino, porque eu não.
Quanto às futuras ligações, com a rede de transportes públicos, além do problema da bagagem já referido, temos o problema dos atrasos e insuficiências crónicas na nossa rede de transportes… Porque com a Ota, haverá de ser diferente? Quem está disposto, a ir para o aeroporto três horas antes do Check-in??? Eu não, só se for o Sr. Sócrates com todo o tempo livre que tem.
Já para não falar, no aumento de transito exponencial na auto-estrada principal do país, que já de si está suficientemente saturada, quanto mais não estará com esta obra faraónica? Quem está disposto, a ficar horas em engarrafamentos, com o taxímetro a contar, antes de uma viagem??? Eu não. Só se for, os muitos secretários de estado, que entre viagens pagas como despesas de deslocação, ainda arranjam tempo para umas aulas de yoga.
Será que ninguém vê a realidade, por detrás desta opção deste executivo? A outra localização, dizem que foi rejeitada por problemas ambientais… pois sim. Não será mais porque certas e determinadas pessoas, tais como o “bochechas” Mário Soares entre outros, têm terrenos na Ota? Que só por acaso, até se valorizaram com o anuncio deste projecto, quando antes nada valiam! Serão só coincidências? Ou será que tudo não passará de uma marosca, com o objectivo de angariar clientes para o outro projecto megalómano, apresentado como modernização, do T.G.V.? Isto porque sendo as viagens hoje em dia já tão demoradas, cortesia do Sr. Bin Laden e companhia, com intermináveis filas para a revista, para o check-in, e até para embarcar no avião, obrigando as companhias a um período de antecedência no que toca ao check-in, cada vez maior antes da viagem, não acredito que alguém vá continuar a usar o avião para distâncias comparativamente curtas como Porto, Faro ou até Madrid. É mais rápido e mais barato ir de carro, ou comboio.
Por tudo isto, impõe-se a pergunta: Que outros interesses estarão por detrás desta obra, que outros lobbys, quem tem a ganhar com a construção de um aeroporto supérfluo? Construtoras, entidades que vão explorar o espaço, membros da administração publica que vão encher os bolsos, parasitas que desviam os fundos da U.E., Srs. betão e do cimento… quem?
A Portela tem ainda muita capacidade, eu diria que ate a capacidade suficiente para um país como o nosso, e numa altura de contenção orçamental em que nos pedem tantos sacrifícios, gastar dinheiro desta maneira, desperdiçando por exemplo dinheiro em ampliações da portela e acessos que se tornarão absurdos se construírem a Ota, parece-me no mínimo de mau senso.
3 comentários:
Quanto à Ota, já não há muito por dizer... um disparate completo quando nos falam repetidamente do "monstro" do défice e dos sacrifícios que temos que suportar.
Quanto à necessidade de aumento da capacidade do aeroporto de Lisboa essa já me parece uma realidade à qual não podemos escapar a curto. Opções menos disparatadas em termos de localização e todos os custos, incluindo acessos (falo nomeadamente da opcção do Montijo) nunca foram realmente discutidas, e como referes e bem, sabe-se lá em nome de que interesses obscuros.
Quanto à expansão do metro até ao aeroporto, não sei se já tiveste acesso aos projectos e ao seu custo estimado. Não é que a ligação vai ser efectuada (pelo menos num primeiro momento) através da linha vermelha fazendo a ligação a Oriente?!?!?! Pergunto-me quem irá de metro até ao aeroporto desta forma, tendo em conta que neste momento uma simples viagem de metro do Marquês (centro da cidade e localização preferencial da hotelaria) até ao Oriente demora uns simples 50 minutos e inclui pelo menos 2 mudanças de linha... E expandir a linha vermelha???? A linha mais inútil e com menos utilização de todas, cujo único benefício é levar-nos até ao Parque das Nações, esse outro antro de obscuros negócios imobiliários. Isto tudo quando do Campo Grande até ao Aeroporto devem ir no máximo uns 2 km de distância...
TGV nem vale a pena falar. Outra obra para o sr ministro Mário Lino dizer que fez alguma coisa no seu mandato, porque até então e que eu tenha reparado, a sua única proposta decente até agora (apesar de ir contra o prometido nas eleições) é não uma obra, mas sim a conbrança de portagens em obras já há muito feitas. Pergunto qual a vantagem de ter um TGV que nos leve de Lisboa ao Porto em aproximadamento 2h a preços semelhantes a viagens de avião que apenas levam 45min. Ou o porquê de não terminar a modernização (agora interrompida) da linha do Norte que permitiria ao Pendular atingir os 220km/h que pode atingir (entre estes e os 300km/h do TGV não vai assim tanta diferença que justifique um investimento e obra faraónica). Contando que o bilhete do Pendular é metade do previsto para o TGV...
É o país que temos... Só não percebo porque não fazem referendos a propósito destes temas...Não é o futuro económico (negro) deste país que está em jogo????
O nosso país, infelizmente, como já se viu é feita de pessoas que ou são cegas ou não querem ver o que se está a passar. E a realidade é que já não há muita volta a dar-lhe...
O pior, caro rui, é que talvez a manobra de transferir o aeroporto para Ota seja exactamente uma maneira de obrigar as pessoas a apanharam o T.G.V. para o Porto, isto porque aí já não vai compensar ires de avião, visto que perdes uma hora, duas horas, ou mais só para chegares à bicha da revista. Concordo plenamente com tudo o que dizes, estas obras faraónicas só ajudam a atirar o país ainda mais para o fundo, e o empurrão inicial que dão à economia não compensa as largas dezenas de milhões de euros gastos numa só obra (a não ser, presumindo que na irreal hipótese haja em Portugal uma boa gestão, e então ao fim de uns largos anos dê um pouco de lucro), neste caso logo em duas! A época do betão e do cimento já deu o que tinha a dar, e os fundos da U.E. já estão a acabar. É pena é que certos governantes continuem a insistir nestas obras, talvez quem sabe para proveito próprio ou dos "compinchas".
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