sábado, abril 28, 2007

Ó Sr. Guarda...por amor de Deus...Despir-me???

Certamente impressão minha não será, o escalar galopante de uma perseguição da polícia de trânsito aos condutores. Não falo apenas do excesso de zelo, provocado em grande parte pelas "louváveis intenções" inseridas em bonitos preâmbulos de constantes leis, concretizadas pelas estritas ordens de governantes preocupados com a circulação nas estradas. Há quem diga que os radares, colocados por um Presidente de Câmara, que pelo que sei, só fez isso, já começaram a funcionar. Não confirmo nem desminto... Mas a obrigação de, por exemplo, circular a menos de 50 km/h na Av. de Ceuta é no mínimo exagerada. Meus senhores, por amor de Deus, andar a 50 é quase ser ultrapassado por bicicletas e essa via comporta claramente velocidades superiores. Quando é que os nossos governantes se capacitam que o problema não está na velocidade, mas sim na condução e nos veículos em si!? O que se tem de fazer é estabelecer uma maior fiscalização na aptidão de certos veículos para andarem na estrada, e estabelecer uma maior exigência de capacidades para obter e manter a carta, não diminuir constantemente a velocidade de circulação, porque qualquer dia mais vale andar a pé... Agora que há situações que roçam a caricatura, ninguém pode negar!
Exporei apenas mais três situações, as suficientes...
Então não é que agora naquelas operações simpáticas que a B.T. faz, já não se limitam a fazer o teste de alcoolemia mas fiscalizam a música que ouvimos (os cd's que trazemos no carro) e a roupa que vestimos!? Pode parecer mentira, mas é verdade! Tenham cuidado porque a GNR e a PSP andam agora à caça de CD's pirateados e de "roupa de feira". Aconteceu a uns amigos meus. E o pior é que a posse destes itens pode dar seguimento à habitual coima e como brinde extra, a uma acusação do crime de contrafacção ou de posse e distribuição de material protegido em violação dos direitos de autor. Duvido muito da legalidade das buscas ao leito de cd's do carro ou das etiquetas da roupa, mas pelos vistos aconteceu;
Outra coisa que aconteceu numa dessas operações, foi eu quase ser multado por atirar cinza para o chão, da janela quando estava parado a mostrar os documentos. Não foi uma beata, não foi lixo, foi simplesmente cinza! E quando repliquei que era bio-degradável e se os peões que fumavam nas ruas não faziam o mesmo, o que aquele Sr. agente me respondeu foi :" Não sou eu que faço as leis. Mudem vocês isto! Pelos vistos, política habitual nas "forças de segurança".
Por último, conheço quem já tenha sido multado às oito da manhã por ter passado uma amarelo. E quando replicou que não era proibido fazê-lo, os Srs. agentes disseram que estaria encarnado e que ninguém ia acreditar no autoado, porque estavam eles dotados de fé pública!
Vão mas é prender criminosos!!!

segunda-feira, abril 23, 2007

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...
Fernando Pessoa
O grande poeta tem razão, os problemas da minha vida ajudam-me a mudar, a crescer, a melhorar. É também graças a eles que construo a minha personalidade (castelo).
Portanto quando tiverem um problema lembrem-se que por mais dificil que ele seja de ultrapassar, vai sempre ensinar-vos alguma coisa.
Fotografia gentilmente cedida por: Francisco Nobre

sexta-feira, abril 20, 2007

Ataque às liberdades individuais!

Em Portugal muita coisa se tem feito em nome da saúde pública. Agora é por causa dos malefícios da exposição passiva, ao fumo do tabaco. E por causa disso, já os paladinos da saúde pública e os arautos das directivas europeias anti-tabágicas fizeram soar as suas trombetas. E assim, começa a quarta cruzada. Mas desta vez os mouros são todos aqueles que gostam de puxar de um cigarrinho, o cancro negro da sociedade. Todos aqueles que têm de ser castigados e purificados, assim que sobre eles se abater a fúria dos puritanos.

O governo prepara-se para apresentar na Assembleia da Republica, um decreto-lei no qual vai estar prevista a proibição de se fumar nos aeroportos, estações, hotéis, bares, discotecas, restaurantes, e outros locais de acesso público ou de lazer, a não ser que os mesmos possuam uma área superior a 100 m2 e criem uma zona para fumadores à parte.

Duas perguntas apenas tenho, para estes iluminados: Acham credível que no país real, no país fora de Lisboa, e até em muitos estabelecimentos dentro de Lisboa, seja possível reunir as condições mínimas para a criação de uma zona de fumo? Acham normal que no pequeno café de aldeia, o único num raio de quilómetros para aquela população, se possa obrigar as pessoas a fumarem lá fora, como se degeneradas se tratassem??? Quem é que vai suportar este país, quando as receitas de tabaco diminuírem?

Este país está mergulhado na hipocrisia! Quem o sustenta são os fumadores e os condutores, é o imposto sobre o tabaco e os variadíssimos impostos sobre quem possui e usa um veículo. E contúdo, o governo continua a atacar e a diminuir a capacidade económica destes dois grupos legítimos de cidadãos, uns com razões ambientais outros pela saúde pública. Querem-se acabar com os fumadores? Quer-se acabar com este grupo significativo de pessoas, ou atirá-los para uma espécie de degredo social? Então chega de hipocrisia. Ou se proíbe a venda de tabaco (qual sociedade puritana como aconteceu nos E.U.A. com a Lei Seca, o que só aumentaria exponencialmente o tráfico paralelo) ou se acaba com o imposto sobre o tabaco. Agora perseguir os consumidores de uma substância legal, consumidores esses que pagam enormes impostos para poderem consumi-la livremente isso, meus amigos, isso é simples hipocrisia.

Um bom exemplo, um dos únicos que deveríamos importar do estrangeiro, é o exemplo espanhol. Aqui ao lado, cada dono do estabelecimento tem a faculdade de escolher se se fuma ou não no seu espaço. E ao contrário do que os cínicos opositores deste sistema argumentam, não existe escassez de estabelecimentos com proibição de puxar um cigarrinho, antes pelo contrário (e estive recentemente lá), é mais ou menos igual a percentagem de estabelecimentos para fumadores ou não fumadores. Argumentam que isto representa uma cedência aos interesses económicos, mas que legitimidade tem o Estado para impor um pesado sacrifício aos donos privados de um negócio que os sustenta na vida???

Concordo com a proibição de fumar em lugares de trabalho, pois nesses lugares todos somos obrigados a permanecer por um largo período de tempo. Agora num café, só entra quem quer, numa discoteca só está quem quer, etc. Querem alhear-nos da sociedade, marginalizando o nosso prazer? Adoptem a solução espanhola. É a melhor entre as piores, mas ao menos permite-nos estar com outros párias como nós.

Não compete ao estado, obrigar os cidadãos a abster-se de exercer uma liberdade, mesmo que essa liberdade seja potencialmente prejudicial. Qual polícia moral. Como se fumar se tivesse tornado num crime, ou num pecado… Não existem provas científicas, que associem a exposição passiva por parcos períodos de tempo, ao desenvolvimento de qualquer doença relacionada com o tabaco! Mais uma prova em como não vivemos num esclarecido Estado de Direito – As liberdades individuais, que deveriam sempre prevalecer, são constantemente sufocadas, em prol de um esguio e qualquer colectivo boçal, facilmente deturpado e influenciável. Primeiro atacam o direito à vida, segue-se o direito à liberdade…

quinta-feira, abril 19, 2007

Há sempre alguém..

Esta tarde sai de casa com 5,55€, o que restava na minha carteira, para comprar minas e folhas e muita pressa de chegar ao banco onde tinha umas coisas para tratar.
Pelo caminho vi um cão, com coleira embora sem qualquer nome ou número e um ar perdido, a remexer o lixo em busca de comida. Como amante de animais e ser humano chocado com aquele triste retrato ao atravessar a rua decidi que o banco podia esperar enquanto eu comprava um pão aquele pobre cão. E assim sai da padaria com, não um, mas quatro pães (que ao todo me custaram 0,44€) para alimentar o animal; apesar de ter andado um bocadinho consegui encontrá-lo e qual não foi o meu espanto ao ver que depois de uma breve cheiradela este não mais tocou no pão que lhe estendia! Literalmente persegui-o incitando-o a comer, convencendo-me de que certamente não havia percebido o que era mas acabei por perceber que devia ter sido ensinado a não aceitar comida de estranhos ou então era realmente parvo (embora prefira careditar na primeira) e dirigi-me para o banco. Quando de lá sai o cão tinha desaparecido portanto deixei o pão a ele destinado numa esquina para que mais tarde ele ou outro acabassem por come-lo.
No regresso para casa com tudo comprado e tratado interrogava-me o que fazer àqueles 3 pães que não me faziam falta nem teriam uso em casa quando vejo um homem de aspecto moribundo e barba desalinhada de aspecto triste e pobre enquanto pensava "ora, porquê não?" já o meu corpo atravessava a rua e a minha boca perguntava ao homem se tinha fome. Em gestos explicou-me que não percebia o que eu estava a dizer e articulou "ucranianio"; em gestos também tentei fazer o gesto de comer e mostrei-lhe os pães para os quais ele olhou com olhos esfomeados. Sem mais demoras lhos ofereci e embora não falasse uma palavra de português o sorriso com que me retribuiu disse mais que mil palavras.
Parece que Deus colocou aquele homem no meu caminho mostrando-me, que quando estamos dispostos, há sempre alguém a ajudar e por isso acredito que se tivesse dado apenas um daqueles 3 pães ao senhor teria encontrado, nem fazer nenhum desvio do meu caminho, outras duas pessoas ou animais a precisar de um alimento.
Acho que a desculpa do "eu quero ajudar, mas não sei a quem ou como" deixou de ter pertinência para mim porque até com uns miseros 0,44 cêntimos e sem mudar o dia-a-dia é possível ajudar quem precisa.

quarta-feira, abril 18, 2007

"Canto por el día, y en mañanas da alegría"



Quero falar-vos hoje, de uma das muito boas recordações que trouxe de Espanha. Este grupo de jovens músicos da Andaluzia, mais propriamente de Málaga, é um reflexo da sua terra. Uma mistura de tradição e inovação, uma mistura de modernidade e simplicidade, uma junção do que de melhor tem o quente e sentido flamenco com a cristalina sonoridade da música electrónica. Até que enfim, vemos as novas tecnologias neste ramo a mostrar o seu verdadeiro e muitas vezes subaproveitado potencial!

Mais do que tudo o que vos poderia dizer sobre este grupo, mais do que tudo o que vocês possam ler ou ouvir falar, posso contar-vos isto: Ouvir Chambao, é como se estivéssemos a ouvir, e mais do que isso a sentir, um puro sentimento que se desenrola à nossa frente, dentro da nossa alma, um sentimento alheio que se vai entrecruzando com os nossos próprios sentimentos, com esta mixórdia de sensações e momentos que a cada segundo nos percorre o espírito. Chambao é isso. Apenas isso. E só isso é enorme!

Para ouvirmos verdadeiramente Chambao, para compreendermos tudo o que a sua música nos quer transmitir, pois não são apenas acordes ou vozes que se desprendem das colunas de som, mas também pensamentos e sentimentos que flúem no ar e dentro de nós, temos de nos deixar levar pelas nossas sensações (como eles dizem: “Dejate llevar, por las sensaciones/Que no ocupen en tu via, malas pasiones”).

A sua discografia resume-se a três álbuns – Flamenco chill, Endorfinas en la mente, e Pokito a Pokito. Todos excelentes. E como vocês vão descobrir, a cada nova música, absolutamente surpreendentes como se de outra banda se trata-se, como se explorassem outro género musical, mas atrevo-me a dizer que o que exploram não é um novo género mas sim um novo mundo mergulhado em incontáveis sentimentos fluidos.

Toda a sensualidade e paixão do Flamenco (cantado pela agradável e cheia de “salero” Mari), aliada ao bom gosto usado na harmoniosa música electrónica tornam este conjunto num conjunto a seguir, ou descobrir! Uma das minhas músicas preferidas é "Ahí estas tu", podem começar por aí.

www.chambao.es

terça-feira, abril 17, 2007

Qual o Português que lhe desperta mais tentações homicídas, destes ainda não decompostos??? (a única sondagem portuguesa não censurada)

Perdoem-me os caros leitores por não ter anunciado mais cedo o grande vencedor, do prémio Bala D’Ouro prémio esse, que além de ser um prémio com grande prestígio, também dá direito a uma boa e grande fogueira no Terreiro do Paço ao estilo Auto-de-fé, mas estive fora por uns tempos. Poder-se-ia até dizer que parti em busca desse esquivo português, capaz de causar uma maciça revolta popular à mera vista da sua figura ao longe; mas graças a Deus, não. Fui para bem longe, pelo menos na minha mente, pois em Portugal, de vez em quando, o que nos resta fazer é abstrairmo-nos disto tudo…

Sem mais demoras, o vencedor ééééé:

Otelo Saraiva de Carvalho!!! Ou como o chamamos carinhosamente, o "Sanguinário Frustrado", com uns impressionantes 23% do ódio dos portugueses.

Seguido de perto, senhoras e senhores, por:

Zé “Boneco” Milho com umas boas 17% de cuspidelas públicas!

Finalmente, reunindo perto de 12% das loucuras homicidas dos nossos cidadãos:

Cláudio Ramos a Doida preferida da TVI.

Aqui estão os resultados dos restantes nomeados, por ordem de machadadas precisas para nos livrarmos deles:

Odete Santos -11%

José Sócrates -10%

Margarida Rebelo Pinto -8%

Mário Soares -8%

Francisco Lousã -5%

José Esteves -5%

José Pacheco Pereira -1%

Até para o ano, e não se esqueçam de quando virem um destes senhores na rua, seja de volta do Chiado, seja num estúdio da TVI, seja naquele circo a que chamam parlamento, ou noutro local qualquer por onde estas personagens se arrastam, de lhes dar o prémio que elas merecem. Claro, com muito amor e carinho… (adoro uma turba apaixonada)

domingo, abril 08, 2007

O Zahir, Paulo Coelho

«Mas se pudesse escolher uma frase? (referindo-se à lápide) Então pediria que ali fosse gravado:
"Ele morreu enquanto estava vivo"
Podia parecer um contra-senso, mas conhecia muitas pessoas que deixaram de viver, embora continuassem a trabalhar, a comer e a frequentar as suas actividades sociais de sempre. Faziam tudo de uma maneira automática, sem compreender o momento mágico que cada dia traz em si, sem parar para pensar no milagre da vida, sem entender que o próximo minuto pode ser o seu último na face deste planeta.
(...) e se eu tivesse que morrer hoje, apesar de tudo o que tinha acontecido na minha vida, apesar das minhas derrotas, do desaparecimento da mulher que amava, das injustiças que sofrera ou fizera alguém sofrer, eu permanecera vivo até ao último minuto, e com toda a certeza podia afirmar:
"O meu dia foi bom, a noite pode descer"»

«Quando partires, em direcção a Ítaca,que a tua jornada seja longarepleta de aventuras, plena de conhecimento.
(…)Não esperes que Ítaca te dê mais riquezas.Ítaca já te deu uma bela viagem;sem Ítaca, jamais terias partido.Ela já te deu tudo, e nada mais te pode dar.
Se, no final, achares que Ítaca é pobre,não penses que ela te enganou.Porque te tornaste um sábio, viveste uma vida intensa,e este é o significado de Ítaca.»

Breve nota: O primeiro excerto e de uma versão brasileira que adaptei o melhor que pude peço porém desculpa se não corresponder exactamente à versão portuguesa.

sábado, abril 07, 2007

Santa Páscoa

Estive durante a Semana Santa, numa cidade milenar do sul de Espanha. Cidade que já viu passar por si, a o decorrer impávido dos anos, sangrentas mudanças do poder, culturas que se foram absorvendo, e a glória de várias civilizações que se foram substituindo à medida que decaíam e eram embutidas naquele aglomerado de gentes, do que já foi, do que é e, do que é eterno.

O que mais me impressionou foram, as procissões da Semana Santa, organizadas pelas Confrarias de Penitentes locais. Procissões imponentes que duravam largas horas, várias por dia e todos os dias da semana (excepto quando chovia). Procissões em que participavam centenas de penitentes, e que eram contempladas por largos milhares de pessoas que se estendiam pacientemente, muitas vezes horas antes da procissão começar, ao longo do percurso programado pelas pequenas ruas repletas de História e pela “Carrera Oficial”.

No meio deste impressionante desfile de fé e paixão pelas ruas, impunham-se os espectaculares andores ou “piendentes del cielo”, representando várias cenas da vida de Jesus Cristo ou Nossa Senhora. Cada confraria tem os seus paramentos, que diferem em alguns pormenores e nas cores dependendo do dia da Semana, e devo-vos dizer que são simplesmente, impressionantes, no seu conjunto, na sua beleza, na sua singularidade. Vestem-nos os “Nazarenos” ou penitentes, sendo que os homens que transportam os andores (à volta de 30 ou 40 dependendo do tamanho dos “piendentes”) andam com um pano a tapar a cabeça apenas, em sinal de respeito, e de vez em quando revezam-se. Tudo coordenado por um Grão-mestre e complementado pelas crianças que se iniciam e que ainda não andam de cara tapada, mas transportam os incensos, velas, e outros acessórios que requerem substituição periódica.

Mas o que mais me impressionou, mais do que toda esta imponência comovente da expressão da religião, foi a entrega com que todos, dos mais velhos aos mais novos, transmitida abertamente de pais para filhos, em toda uma tradição constantemente renovada nas velhas lajes daquelas ruas e perpétuada nos corações de cada um, exuberante mas sobriamente, ano a ano, se dão à sua religião. Sem vergonhas, sem medos, sem preconceitos, sem recear serem julgados ou gozados, mas sim com verdadeiro orgulho e amor a Deus! Nas ruas, dos balcões das janelas cobertos de ricos panos, adoram as imagens numa oração meditativa ou detendo a procissão enquanto se desfiam em belas “Saetas” (orações únicas cantadas, transmitidas de pais para filhos. Arte restrita a um número reduzido de pessoas), respondidas pelo andor e aplaudidas com júbilo pela população que as escuta com emoção. Tudo acompanhado ao ritmo maravilhoso de bandas exemplares e impecavelmente bem vestidas, nos seus uniformes de gala. Até o exército tem a sua própria confraria... E é aqui, meu Portugal, que perdes grandemente para com Espanha.

Durante anos, sob o signo dos mais variados governos republicanos e democráticos, sob a influência, ela sim castradora, da maçonaria, a força da Igreja foi sendo minada, as suas bases foram sendo lentamente desfeitas, e todas estas celebrações se foram esfumando com o tempo, tendo hoje desaparecido ou tornando-se em pálidas sombras do que foram outrora, lutando com a idade dos que teimam em as manter vivas (como no caso noticiado, dos cantores de orações de Braga). A culpa, diga-se, também é das chefias religiosas, pois sob um manto aparente que pretenderam dar de simplicidade, populismo e pobreza para não serem alvo de grandes atenções no pós-25 de Abril, acabaram por deixar esbater-se toda a verdadeira grandeza da Santa Igreja Romana Apostólica e Cristã. Acusada de ser cinzentona, triste, sem grande interesse nos dias de hoje e ultrapassada, a Igreja ao abdicar dessas manifestações públicas da sua grandeza e esplendor, proclamando e revelando a fortaleza do poder da fé, sucumbiu gravemente a essas deturpações dos seus inimigos. Espanha não. E é por isso que no país vizinho, estas tradições estão mais vivas que nunca, e existem mais de 80 % de católicos praticantes! A nossa Igreja teve medo, teve vergonha, quis esconder-se para sobreviver, quis renegar o seu papel e renunciar a publicidade ao seu papel fulcral e essencial na nossa sociedade, e por isso quase que morreu.

Impera a recuperação de toda a riqueza, de toda a alegria, de todo o poder divino da fé, acabando com esta apatia religiosa e este ateísmo enganador e debilitante, restaurando este pilar vital da nossa civilização ocidental!

Santa Páscoa a todos!


(Fotografias gentilmente cedidas por: Francisco Nobre)

Cobardes


Porque me irritam as pessoas cobardes que não lutam pelo que amam, que exploram os mais fracos ou os mais novos, que desistem do que querem, que se aproveitam..
Porque são o pior tipo de pessoas: as desistentes e as desumanas.