Esta tarde sai de casa com 5,55€, o que restava na minha carteira, para comprar minas e folhas e muita pressa de chegar ao banco onde tinha umas coisas para tratar.
Pelo caminho vi um cão, com coleira embora sem qualquer nome ou número e um ar perdido, a remexer o lixo em busca de comida. Como amante de animais e ser humano chocado com aquele triste retrato ao atravessar a rua decidi que o banco podia esperar enquanto eu comprava um pão aquele pobre cão. E assim sai da padaria com, não um, mas quatro pães (que ao todo me custaram 0,44€) para alimentar o animal; apesar de ter andado um bocadinho consegui encontrá-lo e qual não foi o meu espanto ao ver que depois de uma breve cheiradela este não mais tocou no pão que lhe estendia! Literalmente persegui-o incitando-o a comer, convencendo-me de que certamente não havia percebido o que era mas acabei por perceber que devia ter sido ensinado a não aceitar comida de estranhos ou então era realmente parvo (embora prefira careditar na primeira) e dirigi-me para o banco. Quando de lá sai o cão tinha desaparecido portanto deixei o pão a ele destinado numa esquina para que mais tarde ele ou outro acabassem por come-lo.
No regresso para casa com tudo comprado e tratado interrogava-me o que fazer àqueles 3 pães que não me faziam falta nem teriam uso em casa quando vejo um homem de aspecto moribundo e barba desalinhada de aspecto triste e pobre enquanto pensava "ora, porquê não?" já o meu corpo atravessava a rua e a minha boca perguntava ao homem se tinha fome. Em gestos explicou-me que não percebia o que eu estava a dizer e articulou "ucranianio"; em gestos também tentei fazer o gesto de comer e mostrei-lhe os pães para os quais ele olhou com olhos esfomeados. Sem mais demoras lhos ofereci e embora não falasse uma palavra de português o sorriso com que me retribuiu disse mais que mil palavras.
Parece que Deus colocou aquele homem no meu caminho mostrando-me, que quando estamos dispostos, há sempre alguém a ajudar e por isso acredito que se tivesse dado apenas um daqueles 3 pães ao senhor teria encontrado, nem fazer nenhum desvio do meu caminho, outras duas pessoas ou animais a precisar de um alimento.
Acho que a desculpa do "eu quero ajudar, mas não sei a quem ou como" deixou de ter pertinência para mim porque até com uns miseros 0,44 cêntimos e sem mudar o dia-a-dia é possível ajudar quem precisa.
Pelo caminho vi um cão, com coleira embora sem qualquer nome ou número e um ar perdido, a remexer o lixo em busca de comida. Como amante de animais e ser humano chocado com aquele triste retrato ao atravessar a rua decidi que o banco podia esperar enquanto eu comprava um pão aquele pobre cão. E assim sai da padaria com, não um, mas quatro pães (que ao todo me custaram 0,44€) para alimentar o animal; apesar de ter andado um bocadinho consegui encontrá-lo e qual não foi o meu espanto ao ver que depois de uma breve cheiradela este não mais tocou no pão que lhe estendia! Literalmente persegui-o incitando-o a comer, convencendo-me de que certamente não havia percebido o que era mas acabei por perceber que devia ter sido ensinado a não aceitar comida de estranhos ou então era realmente parvo (embora prefira careditar na primeira) e dirigi-me para o banco. Quando de lá sai o cão tinha desaparecido portanto deixei o pão a ele destinado numa esquina para que mais tarde ele ou outro acabassem por come-lo.
No regresso para casa com tudo comprado e tratado interrogava-me o que fazer àqueles 3 pães que não me faziam falta nem teriam uso em casa quando vejo um homem de aspecto moribundo e barba desalinhada de aspecto triste e pobre enquanto pensava "ora, porquê não?" já o meu corpo atravessava a rua e a minha boca perguntava ao homem se tinha fome. Em gestos explicou-me que não percebia o que eu estava a dizer e articulou "ucranianio"; em gestos também tentei fazer o gesto de comer e mostrei-lhe os pães para os quais ele olhou com olhos esfomeados. Sem mais demoras lhos ofereci e embora não falasse uma palavra de português o sorriso com que me retribuiu disse mais que mil palavras.
Parece que Deus colocou aquele homem no meu caminho mostrando-me, que quando estamos dispostos, há sempre alguém a ajudar e por isso acredito que se tivesse dado apenas um daqueles 3 pães ao senhor teria encontrado, nem fazer nenhum desvio do meu caminho, outras duas pessoas ou animais a precisar de um alimento.
Acho que a desculpa do "eu quero ajudar, mas não sei a quem ou como" deixou de ter pertinência para mim porque até com uns miseros 0,44 cêntimos e sem mudar o dia-a-dia é possível ajudar quem precisa.
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