sábado, outubro 28, 2006
A Justiça de cadeira de rodas
Este post, vai parecer um desabafo de fúria da minha parte, mas se calhar é porque o é. Ultimamente tenho estado no mês do azar, mas estes acontecimentos recentes puseram-me fora de mim! Tudo começou, quando fui ter uma conversa complicada com três amigos meus, sobre uma necessária mudança de atitude da parte de dois deles, ao Piazza del mare, junto ao BBC. Acontece, que quando iamos a sair do carro, um sujeito engravatado mas com uns tenis e uns jeans um bocado sebentos, indicou-nos um lugar diferente para estacionar. Assim o fizémos, mas quando saimos do carro o sujeito não nos disse nada, nem nos pediu moedas e nós ficámos a pensar que se trataria de um arrumador do BBC ou do Piazza. Ora a conversa foi longa e quando saímos, já estava o Piazza a fechar; qual não foi a nossa surpresa, quando ao chegar ao carro tinhamos doi pneus furados (um furo pequeno na parte do lado, feito com um instrumento comprido e fininho). O mais estranho é que, já esta semana ao sairmos à noite verificámos que tinhamos outro pneu furado da mesmissima maneira. Desta vez tinhamos deixado o carro na lapa, ao lado de uma paragem de taxis. Penso que só podem ter sido os taxistas, porque tivemos uma discussão acalorada com dois "dignos" agentes da autoridade, que nos queriam multar imaginem por termos o carro na paragem para taxis, quando na realidade o carro estava mais de dois terços estacionado legalmente para cá do sinal. (e estacionamento ilegal, para quem não conhece, e eles não conheciam é só se o carro passar o sinal em mais de 1/3, o que não aconteceu). Ainda mais macabro foi, quando hoje à tarde saí no carro desse meu amigo, para tomar café, e verifiquei que outro dos pneus novos estava furado.
Isto é um escândalo! Não é o mesmo que, nos roubarem uma carteira ou um telémovel, os pneus dele são de pressão baixa e portanto não podem ser remendados, agora imaginem o custo de cinco pneus novos, uma vez que um deles por ser mais antigo que os outros também tem agora de ser trocado.
E o pior é que a polícia não se digna a fazer nada, e por amor de Deus, eu moro na mesmissíma rua de uma esquadra, não acredito que isto possa acontecer sem eles o saberem. Imagino noutras zonas da capital...enfim. Se a polícia não faz, não quer, não está para isso, ou não pode fazer nada, quem poderá? A resposta, a resposta que cada dia mais tem zumbido à volta da minha cabeça, neste mês fatídico de tantos azares, é que se a polícia não nos proteje e não resolve estes assuntos, temos de ser nós a resolvê-los. Se realmente, isto não são coincidências, até porque neste mundo não existem coincidências, temos de ser nós a resolver estes casos e a fazer justiça pelas nossas próprias mãos.
Chega de entrarmos numa esquadra, demorarmos meia hora até sermos atendidos, enquanto observamos os denominados agentes da lei numa amena cavaqueira, fumando um cigarro, mexendo sem nexo nos papeis e no computador para dar uma imagem de atarefados, fazendo telefonemas, ou até mostrando o novo descapotável aos colegas! Chega! Apliquemos nós a dura lex, com rapidez e eficiência, sem desperdício, interesses ou incompetência a incapacitarem a nossa Justiça, que sinceramente já viu melhores dias.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Castanheira de Pera
Recentemente veio publicado num semanário a notícia que nos dava conhecimento da construção duma piscina de ondas cujo orçamento foi de 2,5 milhões de euros e que deixou a câmara responsável ( Castanheira de Pera ), pela construção (e manutenção ), completamente falida.
Como se isto não bastasse o actual presidente da câmara defende a decisão do seu antecessor pois conseguiu inverter a tendência de êxodo rural daquela região, “mudando a vocação do concelho”, diz. Que argumento mais anormal!
Será que o Senhor Presidente não se apercebe que uma piscina de ondas não é um factor que trave ou previna a desertificação do concelho? De certeza que há alternativas bem mais proveitosas e eficazes, bem como baratas, e como provam os dados, a piscina tem vindo a sofrer uma afluência cada vez menor embora a facturação tenha aumentado, mas apenas devido á subida do preço dos bilhetes.
Acontece que nem este aumento da facturação chega para impedir o tal êxodo.
É normal que Castanheira de Pera venha a perder habitantes, e também é normal que se faça alguma coisa para prevenir isso, mas o que não é normal é que uma piscina de ondas seja a solução, já para não falar no aumento dos preços, porque esta medida não pode ser aplicada a torto e a direito, visto que se assim continuar os preços chegarão a níveis tão altos que aí deixará mesmo de ter visitantes; e o ( enorme ) investimento não puderá ter retorno, se é que algum dia terá!
Só a título de curiosidade: á conta desta “brincadeira” a Câmara Municipal de Castanheira de Pera é a 12ª mais endividada do país num universo de 70.
Este é só mais um exemplo sabedoria popular autárquica dos muitos que existem.
Como se isto não bastasse o actual presidente da câmara defende a decisão do seu antecessor pois conseguiu inverter a tendência de êxodo rural daquela região, “mudando a vocação do concelho”, diz. Que argumento mais anormal!
Será que o Senhor Presidente não se apercebe que uma piscina de ondas não é um factor que trave ou previna a desertificação do concelho? De certeza que há alternativas bem mais proveitosas e eficazes, bem como baratas, e como provam os dados, a piscina tem vindo a sofrer uma afluência cada vez menor embora a facturação tenha aumentado, mas apenas devido á subida do preço dos bilhetes.
Acontece que nem este aumento da facturação chega para impedir o tal êxodo.
É normal que Castanheira de Pera venha a perder habitantes, e também é normal que se faça alguma coisa para prevenir isso, mas o que não é normal é que uma piscina de ondas seja a solução, já para não falar no aumento dos preços, porque esta medida não pode ser aplicada a torto e a direito, visto que se assim continuar os preços chegarão a níveis tão altos que aí deixará mesmo de ter visitantes; e o ( enorme ) investimento não puderá ter retorno, se é que algum dia terá!
Só a título de curiosidade: á conta desta “brincadeira” a Câmara Municipal de Castanheira de Pera é a 12ª mais endividada do país num universo de 70.
Este é só mais um exemplo sabedoria popular autárquica dos muitos que existem.
sábado, outubro 14, 2006
Compromisso Portugal
Não compreendo a crítica feita pelos habituais comentadores do panorama nacional, ao compromisso Portugal. É certo, que as ideias proclamadas não são novidade para niguém. Já todos sabemos, que há funcionários públicos a mais, e outros tantos a fazerem coisas inuteis, no emaranhado de desperdicio e ineficiência de recursos humanos, que a nossa administração pública é. Também estamos fartos de saber, que existem certas tarefas do tradicional estado social, que se tornaram incomportáveis face à nova realidade no plano das contribuições fiscais, com o aumento da esperança média de vida e com a redução drástica da natalidade; tarefas essas que eram melhor prosseguidas pela iniciativa privada, por exemplo saúde, educação e pensões. E estamos todos fartos de saber, que a justiça sofre de uma maleita aparentemente incurável que trona práticamente impossível o desenvolvimento económico, quando os processos se arrastam por muitos e longos anos, dificultando o cumprimento executivo das obrigações contratuais.
Tudo isto, o sabemos. E contúdo, a esse respeito existe uma inércia genética em toda a sociedade portuguesa. Se acho útil este compromisso, se acho útil esta proclamação de ideias e reformas, não é pelo efeito prático que possam ter, é simplesmente pelo simples facto de alguém as ter proclamado e ter parado um bocado para discutir e reflectir, sobre a situação dramática em que se encontra o nosso país. É por isso que acho rídiculos, os comentários que ouvi, comentários como: "Que estão eles a fazer para mudarem as coisas?" "Simples declarações de intenções, sem qualquer relevância prática" "Discurso já ouvido no passado, e que não trouxe nada de novo".
O objectivo, não era inovar. Era apenas provocar o debate e levar ao despertar da dormência em que a sociedade civil e política se encontra. E Que podem os empresários fazer, para mudarem as coisas? Quem pode de facto mudar a situação, das leis erradas que temos como as leis laborais, demasiadamente viciadas por ideias socialistas, à função pública, à educação, à cultura, à justiça, à economia, à organização e eficiência dos recursos humanos e tarefas do estado, são aqueles que elegemos! Esses sim. Esses não só podem mudar as coisas, como têm o dever de o fazer. Acaso não existem ministérios, com designação semelhante aos problemas que acabei de referir, ou pelo menos orgãos cuja função seja mesmo a de cuidar deste ou daquele aspecto da vida pública? Então, para que servem eles?
Não sequer me vou dar ao trabalho, de refutar as críticas feitas ao compromisso Portugal, apelidando-o como uma importação de um neo-liberalismo inexistente em Portugal, de aplicação condenada ao fracasso destruidora de direitos adquiridos e bem estar social. Tais declarações, além de demagógicas, vieram de pessoas que agem ao serviço, eles sim de outros interesses (como interesses de sindicatos) e de outras classes priviligiadas (como a dos funcionários públicos). A verdade há que ser dita aos portugueses.
Convido todos a uma visita, ao site do compromisso portugal www.compromissoportugal.pt, e a uma leitura atenta dos seus objectivos e do texto saido da convenção, realizada no convento do Beato. Temos de começar a debater estes assuntos, e com a discussão destes problemas levantar uma onda de indignação e uma revolta pela mudança de norte a sul do país. O compromisso Portugal deu o pontapé de saída, agora temos nós todos, por mais insignificante que seja o papel que achemos que temos na decisão dos destinos da nossa nação, de lutar para que tudo não continue na mesma. E isso está nas nossas mãos, não só através da participação cívica activa na vida política, como também nas escolhas eleitorais que fazemos, e nos meios ao nosso dispor como garantias do cumprimento de todas as promessas eleitorais.
Era bom que o governo, fosse constituído por estes empresários. Já viram o quão difícil é neste país atrasado criar e levar até ao topo um negócio, ou uma actividade empresarial??? Tanta burocracia, tanta paralizia judicial, tanta rigidez nas leis laborais, tanta e injustificada carga fiscal, tanta falta de apoio do estado, quando o herário público é desbaratado quando não em desvaneios pessoais dos titulares de cargos público, em serviços e pessoal excedentário. Pessoas, honestas claro, que consigam ultrapassar estes obstáculos ao desenvolvimento económico, e por conseguinte social, davam exelentes governates. Não podemos esquecer, que a tarefa fundamental do governo é essa mesma, a de gerir e administrar os recursos finaceiros e humanos, da máquina do Estado. Mas são eles demasiado espertos, para se meterem no pântano podre da nossa vida política actual. Pena que assim seja.
O que não pode continuar, é esta inércia! Não podemos é continuar a falar, como de assuntos banais se tratassem dos problemas do nosso país, eternos lamentadores de uma situação para a qual contribuimos, quando elegemos quem elegemos e quando não soubemos exigir responsabilidades. Situação que dura à 30 anos! Esta é que é a revolução necessária, a revolução que tornará possível às gerações futuras prosperidade, segurança, desenvolvimento e trabalho em solo português. Caso contrário, o nosso futuro estará irremediavelmente condenado, e a glória e orgulho portugês serão definitivamente, coisas do passado. De país mais pobre na Europa, a país mais pobre do mundo. À 30 anos, Espanha era mais pobre que nós, e olhem para a sua situação actual após boas opções políticas, dos seus anteriores governos e monarca, aproveitando convenientemente os fundos europeus...
quinta-feira, outubro 12, 2006
Ainda somos ocidentais?
Uma palavra acerca da recente polémica, gerada em torno das declarações do nosso Papa Benedito XVI. Acho escandaloso, não, inadmissível que se coloque a questão, como muitos colocam, de saber se o Papa errou ou não ao fazer aquelas declarações! Mais uma vez, voltamos á questão do politicamente correcto... tou farto dessa palavra, e tou ainda mais saturado das pessoas que são "politicamente correctas" ou como eu digo pãezinhos sem sal. O que nos mina a nossa democracia, o que nos tira força, e sendo as democracias delebitadas por natureza, essa pouca força é vital, são exactamente essas hipócritas posições politcamente correctas. parece que temos vergonha da nossa cultura, parece que nos arrependemos do nosso passado, e mais importante parece que estamos inseguros quanto à continuação da nossa identidade no futuro. De uma vez por todas, somos europeus, somos cristãos, somos ocidentais!!! E há que não ter medo de o dizer, nem de o espalhar. Temos uma identidade comum, uma história gloriosa, costumes e hábitos só nossos. Somos portugueses, espanhóis, italianos... europeus. É irrisório comportarmo-nos, como nos sentissemos inferiorizados.
O que o Papa afirmou, foi que desejava a paz mundial, o entendimento multi-cultural e religioso, na continuação da posição ecuménica de João Paulo II. Haverá alguma intenção mais nobre??? Mesmo assim, não vale a pena escamotear a vertente claramente expansiva pela violância de algumas passagens do Alcorão, nomeadamente quando menciona e chama os fiéis à guerra santa. Não me venham dizer que depende da interpretação, o que está lá é claro ou pelo menos suficientemente dúbio para não afastar esta interpretação! E de que religião vêm os recentes ataques de ódio religioso, que o mundo tem sofrido? Serão só coincidências? Tudo depende das boas intenções dos crentes muçulmanos, quando lêm ou ovem essas passagens. É parte intrinseca da sua cultura, e o Papa só apelou à mudança, à luta pela paz.
Não tem de pedir desculpas. Não tem de se sentir mal. Vivemos em democracia, e as opiniões, mesmo de uma figura de relevo político não devem ser censuradas, até e principalmente, quando são acertadas e verdadeiras. Como a situação dos cartoons, esta situação deu origem a demosntrações de ódio, incompreensão, e violência irracional. Ora isso é que deve ser condenado, isso é que deve ser combatido e preseguido. Os muçulmanos, tal como nós, devem aceitar pacificamente as críticas construtivas e condenar pacificamente as ofensas injustificadas à sua religião. Este caminho por eles escolhido, só leva ao alargamento do fosso cultural e ao surgimento de mais ódios, que futuramente gerarão conflitos deveras graves e talvez irremediáveis. Temos de dizer - Chega!!! Dizemos o que queremos, sempre dentro dos parâmetros dos bons valores e da boa educação claro, mas temos o direito e a obrigação de exprimir as nossas opiniões e preocupações sem medo de retaliações. Em vez, de nos encolhermos com receio do impacto, que as nossas declarações possam provocar, temos de estar dispostos a enfrentar e a lutar pelo direito a se fazer ouvir a nossa voz. Não é esse afinal, o grande pilar e talvez, a maior vantagem da Democracia??? De que vale ela sem isso?
quarta-feira, outubro 11, 2006
Benny harper em grande!!!!
Antes de mais, quero dizer que não era um fã de Ben Harper, nem tão pouco da sua grande banda the inocent criminals, mas fiqueri agradávelmente surpreendido pela sua recente preformance no pavilhão atlantico, em Lisboa. Já conhecia a sua música, um género aprefeiçoado de Jack Johnson, com algumas influências do reggae e do pop-rock, algo que me despertava curiosidade em saber como soava ao vivo. Contudo o que me diziam, não era nada favorável ao benny: diziam que as suas músicas eram demasiado acusticas (não sei se é possível tal acontecer, mas enfim...); diziam que não comunicava com o público, limitando-se apenas a cantar, ainda que bem, completamente alheado das pessoas; chegaram mesmo a dizer, que era melhor ver o concerto longe e sentado, ou então em casa no conforto do dvd... enfim, vi como estavam enganados.
Fui ao concerto de Jack Johnson, e este concerto de Ben Harper, foi sem dúvida muito superior se bem que tivesse menso assistência (talvez quiça, por causa destes preços incomportáveis que a indústria tem vindo a cobrar pelos espectáculos ou pelos albums...assunto para outro post). Foi superior a isso, e a todas as minhas espectativas. Primeiro, a comunicação com o público foi mais que muita, segundo a onda mais rock do 2º Cd de Both sides of a gun provou-se um sucesso natural ao vivo, terceiro a onda mais acústica existiu, mas foi o suficiente para agradar sem fazer sono, quarto a interação entre os membros da banda foi exelente e até tivémos direito a ouvir uma música cantada por uim membro dos inocent criminals a solo. Acrescida à beleza das letras, evidenciada pela paixão de ben ao cantar, ao talento demosntrado nos muitos solos de instrumentos pela banda, a cereja em cima do bolo foi a última música; já os organizadores erguiam as luzes, depois dos muitos encores de Ben, quando este cantou Better way em conjunto com toda a audiência e o resto da banda. Um concerto espectacular!!!
Fui ao concerto de Jack Johnson, e este concerto de Ben Harper, foi sem dúvida muito superior se bem que tivesse menso assistência (talvez quiça, por causa destes preços incomportáveis que a indústria tem vindo a cobrar pelos espectáculos ou pelos albums...assunto para outro post). Foi superior a isso, e a todas as minhas espectativas. Primeiro, a comunicação com o público foi mais que muita, segundo a onda mais rock do 2º Cd de Both sides of a gun provou-se um sucesso natural ao vivo, terceiro a onda mais acústica existiu, mas foi o suficiente para agradar sem fazer sono, quarto a interação entre os membros da banda foi exelente e até tivémos direito a ouvir uma música cantada por uim membro dos inocent criminals a solo. Acrescida à beleza das letras, evidenciada pela paixão de ben ao cantar, ao talento demosntrado nos muitos solos de instrumentos pela banda, a cereja em cima do bolo foi a última música; já os organizadores erguiam as luzes, depois dos muitos encores de Ben, quando este cantou Better way em conjunto com toda a audiência e o resto da banda. Um concerto espectacular!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)