Recentemente veio publicado num semanário a notícia que nos dava conhecimento da construção duma piscina de ondas cujo orçamento foi de 2,5 milhões de euros e que deixou a câmara responsável ( Castanheira de Pera ), pela construção (e manutenção ), completamente falida.
Como se isto não bastasse o actual presidente da câmara defende a decisão do seu antecessor pois conseguiu inverter a tendência de êxodo rural daquela região, “mudando a vocação do concelho”, diz. Que argumento mais anormal!
Será que o Senhor Presidente não se apercebe que uma piscina de ondas não é um factor que trave ou previna a desertificação do concelho? De certeza que há alternativas bem mais proveitosas e eficazes, bem como baratas, e como provam os dados, a piscina tem vindo a sofrer uma afluência cada vez menor embora a facturação tenha aumentado, mas apenas devido á subida do preço dos bilhetes.
Acontece que nem este aumento da facturação chega para impedir o tal êxodo.
É normal que Castanheira de Pera venha a perder habitantes, e também é normal que se faça alguma coisa para prevenir isso, mas o que não é normal é que uma piscina de ondas seja a solução, já para não falar no aumento dos preços, porque esta medida não pode ser aplicada a torto e a direito, visto que se assim continuar os preços chegarão a níveis tão altos que aí deixará mesmo de ter visitantes; e o ( enorme ) investimento não puderá ter retorno, se é que algum dia terá!
Só a título de curiosidade: á conta desta “brincadeira” a Câmara Municipal de Castanheira de Pera é a 12ª mais endividada do país num universo de 70.
Este é só mais um exemplo sabedoria popular autárquica dos muitos que existem.
quarta-feira, outubro 18, 2006
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