quinta-feira, outubro 12, 2006

Ainda somos ocidentais?


Uma palavra acerca da recente polémica, gerada em torno das declarações do nosso Papa Benedito XVI. Acho escandaloso, não, inadmissível que se coloque a questão, como muitos colocam, de saber se o Papa errou ou não ao fazer aquelas declarações! Mais uma vez, voltamos á questão do politicamente correcto... tou farto dessa palavra, e tou ainda mais saturado das pessoas que são "politicamente correctas" ou como eu digo pãezinhos sem sal. O que nos mina a nossa democracia, o que nos tira força, e sendo as democracias delebitadas por natureza, essa pouca força é vital, são exactamente essas hipócritas posições politcamente correctas. parece que temos vergonha da nossa cultura, parece que nos arrependemos do nosso passado, e mais importante parece que estamos inseguros quanto à continuação da nossa identidade no futuro. De uma vez por todas, somos europeus, somos cristãos, somos ocidentais!!! E há que não ter medo de o dizer, nem de o espalhar. Temos uma identidade comum, uma história gloriosa, costumes e hábitos só nossos. Somos portugueses, espanhóis, italianos... europeus. É irrisório comportarmo-nos, como nos sentissemos inferiorizados.
O que o Papa afirmou, foi que desejava a paz mundial, o entendimento multi-cultural e religioso, na continuação da posição ecuménica de João Paulo II. Haverá alguma intenção mais nobre??? Mesmo assim, não vale a pena escamotear a vertente claramente expansiva pela violância de algumas passagens do Alcorão, nomeadamente quando menciona e chama os fiéis à guerra santa. Não me venham dizer que depende da interpretação, o que está lá é claro ou pelo menos suficientemente dúbio para não afastar esta interpretação! E de que religião vêm os recentes ataques de ódio religioso, que o mundo tem sofrido? Serão só coincidências? Tudo depende das boas intenções dos crentes muçulmanos, quando lêm ou ovem essas passagens. É parte intrinseca da sua cultura, e o Papa só apelou à mudança, à luta pela paz.
Não tem de pedir desculpas. Não tem de se sentir mal. Vivemos em democracia, e as opiniões, mesmo de uma figura de relevo político não devem ser censuradas, até e principalmente, quando são acertadas e verdadeiras. Como a situação dos cartoons, esta situação deu origem a demosntrações de ódio, incompreensão, e violência irracional. Ora isso é que deve ser condenado, isso é que deve ser combatido e preseguido. Os muçulmanos, tal como nós, devem aceitar pacificamente as críticas construtivas e condenar pacificamente as ofensas injustificadas à sua religião. Este caminho por eles escolhido, só leva ao alargamento do fosso cultural e ao surgimento de mais ódios, que futuramente gerarão conflitos deveras graves e talvez irremediáveis. Temos de dizer - Chega!!! Dizemos o que queremos, sempre dentro dos parâmetros dos bons valores e da boa educação claro, mas temos o direito e a obrigação de exprimir as nossas opiniões e preocupações sem medo de retaliações. Em vez, de nos encolhermos com receio do impacto, que as nossas declarações possam provocar, temos de estar dispostos a enfrentar e a lutar pelo direito a se fazer ouvir a nossa voz. Não é esse afinal, o grande pilar e talvez, a maior vantagem da Democracia??? De que vale ela sem isso?

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