sábado, novembro 04, 2006

O corrido Procurador-Geral da República


Toda a polémica gerada à volta de Souto Moura, o ex-PGR é uma palhaçada! Não tem outro nome, todas as insinuações de incompetência, de indignidade no exercício do cargo, de falta de controle, ou de conhecimento dos processos sobre a alçada da PJ ou no Ministério Público, etc. E palhaçada porquê? Não, porque algumas dessas acusações sejam falsas, como algumas o não são, apesar de exarcebadas... Palhaçada porque, os erros que Souto Moura cometeu, muitas figuras públicas cometem, mas os seus foram os únicos divulgados, o seu nome o único denegrido, tudo ao ponto de a sua figura, se tornar demasiado incómoda para a opinião pública.
Por acaso foi o Secretário de Estado, aquele que disse que a culpa do aumento do preço da electricidade era dos contribuintes, que nas suas palavras consomem desnecessariamente electricidade, tão fustigado pela comunicação social? Acaso a Ministra da Educação, quando vai à A.R. falar sobre as reformas do ensino, não tendo a miníma noção da realidade das escolas e desconhecendo a vergonha e a confusão do nosso ensino (cujos programas são mudados constantemente, apenas para suportar o lobby das editoras de livros escolares, entre outras deficiências dignas de país de 3º mundo), é tão castigada pelos ditos "críticos e comentadores". Enfim, mais mil exemplos poderia dar!
Estou para ver, o que vai trazer de novo a tão aguardada actuação do novo procurador, um tal, que emergiu das névoas e era à muito aguardado, por um povo desorientado. Toda a gente sabe, que o Procurador não tem nem irá ter controlo total, quer sobre o MP, quer sobre a PJ, e que sobre o segredo de justiça, violado e espezinhado todos os dias pela classe jornalística e política, nem vale a pena falar; quanto aos casos mediáticos, os vícios da justiça não são culpa do PGR, são demonstrações de falhas graves nos pilares da nossa sociedade, e por consequinte da nossa justiça, que não se resolvem a não ser com uma real reforma de fundo.
Nas palavras de um agente da autoridade, que ouvi numa das nossas esquadras: "- Tantos o fizeram e vão continuar a a fazer, todos são culpados... E ele é que se lixou..."

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