Fui ver finalmente o novo filme do famoso James Bond. Devo dizer, que esta saga sempre foi a minha preferida no mundo da 7ª arte, e portanto posso ser um pouco faccioso. Como fã incondicional do agente 007, tenho estado atento nos últimos meses à expectativa criada em torno desta nova película. Muitos disseram que iam boicotar o filme, porque é impensável um Bond loiro, porém após ver o filme poucas pessoas duvidam da qualidade de Daniel Craig na pele do agente secreto mais famoso do mundo. É verdade que o ex-bond, tinha muito mais o "ar" que a personagem pede, mas a qualidade artistica deste Bond é incomparavelmente superior e saga só tem a ganhar com a sua interpretação.
Quanto ao filme em si, é bom, muito bom, só tenho é pena que aquele ar de elegância que se espera tenha ficado um pouco descuidado, com o vestuário em grande parte do filme informal, que Daniel usou, assim como um estilo mais rude e menos elegante em algumas falas, faltando por exemplo o famoso vodka-martini shaken not stirbed, ou o ignorar de uma belissima mulher para preseguir um vilão (nada ao estilo de James Bond).
Houve claramente um descuido dos habituais gadgets electrónicos, e também foi introduzida intencionalmente uma maior componente romãntica na sua relação com a personagem interpretada por Eva Green, que igualmente se estranha dado o desapego afectivo muito próprio ou suis generis a que James nos habituou ao longo de todos estes anos, nas relações com as suas Bond girls; havendo por vezes, em algumas cenas, alturas em que se quebra a adrenalina que se queria... Contúdo esta adaptação da novela Casino Royale (já existia uma adaptação cómica do livro), trouxe coisas surpreendentes e bem conseguidas à saga, como uma visão mais realista da personalidade complexa da mulher, bem patente na Bond girl Vesper, transparecendo o eterno confronto humano entre sentimentos e razão, assim como as influências do seu passado e das suas experiências pessoais, nas decisões e acções que toma ao longo do filme. O subtil diálogo no comboio para Monte Negro, está também simplesmente genial; assim, como as cenas iniciais em que a fotografia a preto e branco, representando as duas primeiras mortes de Bond e na primeira cena de acção especialmente, está extremamente bem conseguida. A fuga em África, de um contacto, com o vilão deste filme Le Chiffe (Uma personagem como sempre muito característica, nos filmes de Bond) é, simplesmente surreal. Uma demonstração espectacular de atletismo e capacidade física humanas, ao estilo de Parkour.
Um filme certamente a não perder, desfrutável por fãs de Bond, ou simplesmente por apreciadores do género acção com alguma densidade psicológica. Carros sempre espectaculares, desde o regresso dos Aston Martin, mulheres que nunca deixam de cativar o olhar, estilo e, como sempre muita acção bem enquadrada na trama do filme e claro, as famosas graças de Bond mesmo na mais aflictiva das situações!
Mal posso esperar pela sequela!!!...
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