quinta-feira, setembro 20, 2007

Política

Parece que cada vez mais a política cai em descrença na nossa sociedade, cada vez se desenvolve mais a crença de que os políticos são um conjunto de vigaristas que apenas se preocupam em inventar mais uma artimanha para meter ao bolso o dinheiro do esforçado contribuinte português. Mas nem sempre foi assim nem assim tem de ser.
Os políticos eram aquelas almas altruistas que ofereciam a vida para melhorar a vida dos seus compatriotas, uma elite de notáveis, cultos e inteligentes para levar o nosso país no caminhos do progresso e da cultura. E porque não acreditar que podem voltar a se-lo? Chega de dizer mal, porque se alguns são incompetentes e chegaram ao topo da hierarquia partidária sem valor ou mérito é porque outros não há e isso só à nossa geração cabe mudar!!
Devo dizer que os níveis de abstenção que se tem vindo a registar são vergonhosos, não há qualquer outra palavra para as pessoas do século XXI a quem é dada a oportunidade de participar, de exprimir as suas preferências, todos e cada um de igual forma, um objectivo que demorou, literalmente, séculos a concretizar. Conseguimos também atingir uma inexistência de partilha de poderes que era causadora de enormes injustiças.
Então porque será que não há interesse? Que em vez de votar em branco se nenhum candidato nos agrada cometemos o pecado de nem sequer ir votar? Porque estamos nós, portugueses, a criar terreno fértil para regimes totalitaristas nos quais realmente a nossa opinião não conta?
A política não e a resolução de todos os problemas mas uma boa política, um bom mandato pode revolucionar um país, e nisso que devemos acreditar e nesse sentido que devemos agir e sempre ir votar.


A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas.
Winston Churchill

1 comentário:

Thomaz Vaz disse...

Sinto-me ofuscado por tamanha grandeza intelectual, exprimida nas curtas linhas de um texto conciso mas claro.
E como não podia deixar de ser, orgulhoso, por ver um sano interesse, tão raro em membros das gerações mais novas, nestes assuntos fulcrais da nossa vida comum em sociedade!