terça-feira, maio 22, 2007

A moda da palavra "Aferição" está a pegar

Hoje foi dia de provas de aferição nas escolas portuguesas. E para variar, mais um dia em que a FENPROF lançou no ar os seus inflamados protestos, que felizmente, de ano para ano, vão caindo em mais orelhas môcas. Chega! Estamos fartos de sindicalismo ideologicamente comprometido e de proteccionismos de classe.
Sei que os exames de aferição não devem ser uma grande criação técnica, ou não viessem no Ministério que vêm (o Ministério mais decadente e ineficaz dos sucessivos governos do pós-revolução), mas não foi ai que recaíram os protestos dos professores. Pois não, estes nossos amigos, reclamam é com a utilização destes exames para aferição das suas competências. Escânda-lo! Coitados dos pobre professores, que são uns prejudicados , trabalham mais de oito horas por dia e têm menos de uma semana de férias ao ano. Só contendo-me muito, consigo expressar por estas palavras não muito gravosas o que tenho para dizer a esta classe: Por amor de Deus! A qualidade de ensino no nosso país é holocaustica e tem vindo a piorar exponencialmente de ano para ano, desde o fim do sistema antigo de ensino. Os professores são péssimos ou pior, só para dar um exemplo eu próprio tive vários professores que diziam abertamente aos alunos que só estavam a ensinar porque não arranjavam outro emprego, tendo tanta aptidão para aquilo como eu tenho para jogar à bola, deixando inclusivé os alunos fazerem pequenos incêndios nas suas salas de aula (só um minúscula amostra da selva, acreditem!), e por isso, têm mais é que ser avaliados! E postos na rua, todos aqueles que não cumprirem o rigor de ensino, disciplina (a base de toda a aprendizagem e método de estudo) e cultura que queremos transmitir às futuras gerações activas do país. Todos aqueles que não conseguirem transmitir, de maneira proveitosa aos alunos estes conhecimentos e qualidades têm de se dedicar a outra profissão ou resignarem-se ao desemprego. E a responsabilidade pela educação dos filhos, pelas suas bases e acompanhamento do estudo e percurso escolar, é dos pais. São eles que têm de exigir a reforma e controlo do ensino ao governo, a reforma da classe aos professores e a reforma da mentalidade aos restantes encarregados de preocupação desleixados!

1 comentário:

Anónimo disse...

Que tal um texto sobre o aeroporto da portela que, sobre o qual, tanto teimam alguns politicos em afirmar "irreversivel" a decisão de o transferir para a ota, quando nenhum estudo concreto sobre custos e impactos ambientais foi feito?