9. Zé Milho- Cantor e morango. Pseudo-fashion, com roupas cujo adjectivo mais delicado para as qualificar é de estranhas, é provavelmente uma das maiores personagens que andam neste país, tirando claro uma honrosa excepção ou outra. Tem um cabelo invejável, e já foi mesmo, segundo o que diz, abordado pelos caça-talentos da Loreal. O seu vocabulário, segundo um estudo oficial do Guiness, é de apenas 36 palavras, entre as quais temos pérolas como “bué fixe”, “curte a cena”, “buga lá”, entre outras usadas indiscriminadamente em qualquer frase, sobre qualquer assunto, em qualquer lugar; com total desrespeito pelas mais elementares regras gramaticais, chegando mesmo à beira da criação de uma nova linguagem. Tem uma banda com um gajo estranho e escurinho de rabo-de-cavalo, outro que tem cá uma vozinha e ainda outro, cujo estilo também é de gosto duvidável e o nome rima com “não sei porquê”. Com os restantes elementos de uma conhecida “série de ficção” (como a TVI gosta de chamar, às novelas que são mesmo mesmo más), forma uma classe de portugueses à parte – Os moranguitos. Ele e os seus compinchas, enquanto fingem que sabem cantar e têm sucesso numa faixa etária que não termina aos quinze anos, tentam formar a juventude, ensinando-lhes várias coisas, entre as quais: “Ser rebelde compensa (aliás o nome da novela é sujestivo)”; “A vida é praia e passar todo o santo dia num café, ou num bar”; “Há sempre uma gaja boa e tarada para cada um”; “É normal acabar o 12º com 25 anos”.
terça-feira, março 13, 2007
"Boneco"
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