Após visionar o debate transmitido na TV5 em directo, entre estes dois candidatos à Presidência Francesa, venho aqui espôr umas breves considerações. A primeira é simplesmente a minha estufacção ao realizar a qualidade indubitavelmente superior dos dois políticos franceses, quando comparados com a classe congénera no nosso país. Um debate bem conduzido, focado nas questões importantes, e sobretudo com um grau de educação e um nível intelectual (com excepção de uma descaída da Madame Ségolène quando se irritou) que por cá não existe.
Quanto à ideias em si, confirmei o que suspeitava, a candidata socialista (ou não fosse ela membro desse partido, num país esquerdista como em França) é no mínimo utópica senão mesmo completamente irrealista. A sua visão da política externa bem como as suas opções para resolver a questão da emigração e da insegurança e do desemprego, dramas que se vivem diariamente por terras francesas, são impraticáveis. Principalmente num país que lida com uma acentuada quebra económica, prometer inúmeros direitos sociais, milhares de legalizações, milhares de empregos em postos sustentados pelos cofres do estado, e o melhoramento do estado de providência para os desempregados e idosos, é (usando um eufemismo) uma irresponsabilidade.
Já Sarkozy é o outro lado do espelho! Concreto, preciso, empreendedor e realista, indeferente aos sorrisos cínicos da sua adversária não tem medo de propôr as medidas contorversas que são necessárias, ao contrário do partido socialista que pelos vistos tem semelhanças com o nosso. A sua proposta de acabar com a imigração irresponsável, de resolver a crise económica e do desemprego, de restaurar os valores fundamentais na sociedade francesa, e restabelecer o papel central da família é simplesmente frucral para tirar França do buraca para onde o Estado Social irresponsável a atirou. Este candidato vê uma França mais forte, uma Europa que não implica a sujeição a um federalismo ou a uma constituição indesejada pelos seus povos, uma Europa de ocidentais com uma fundação acente em valores comuns e uma soluçãó pacífica para os conflitos internacionais.
A candidata socialista representa, como toda a esquerda actual europeia, um tentáculo do velho sistema moribundo de Estado de direito social criado após a 2ª Grande Guerra e que após anos de condenação ao falhanço anunciada, ainda se debate para continuar vivo. Mas a verdade é que este monstro, está-se a afundar e indiferente aos esforços hipócritas daqueles que ainda esgrimem o seu cadáver e o desfraldam como seu estandarte, arrata-nos a todos com ele para um lugar de onde não puderemos voltar!
Que se aprenda em Portugal, com o exemplo francês!
1 comentário:
Nobre homem sois vós prezado Thomaz. Pouco a pouco os bastiões socialistas vão cedendo e assim sucede em França: "Que se aprenda em Portugal, com o exemplo francês!" - nem mais caro compatriota Thomaz Vaz, nem mais. Cavaleiros da Verdade que do dom da coerência logram, já que Deus assim o quis, uni as vossas forças para que se mantenha viva a cruzada contra o socialismo. Cordialmente, o homem do leme!
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