sexta-feira, setembro 05, 2008

I will be waiting for you

I' ve been waiting for you
I' ve been waiting for you
Never found enything else to do
But waiting for you
I' ve been calling your name
I' ve been calling your name
Never found anything else to say
Nothing to say
You can kill a lot of time if you really want put your mind do it
Leave it all behind if you never wanna go through it
I keep hearing your name
I keep hearing your name
Nothing else sounds the same
As hearing your name
You can kill a lot of time if you really put your mind to it
Or leave it all behind and never ever go through it
I' ve been hoping for you
Keep hoping for you
What else can I do
But keep hoping for you?
You can kill a lot of time if you really put your mind to it
Or leave it all behind and never ever go through it
We can kill a lot and never really have to go through it
What else can I do
But keep hoping for you?
(Ben Harper)

quinta-feira, agosto 28, 2008

Onda de Criminalidade


Nos últimos tempos, a Nação tem sido assolada por uma onda de criminalidade violenta e, muitas vezes, altamente organizada. Crimes de especial gravidade e censurabilidade sucedem-se, todos os dia, no panorama nacional. A insegurança aumenta. O medo instala-se!

Anteontem ouvi no jornal da noite, de um canal de televisão nacional, um criminologista afirma: "Estas coisas (novas leis processuais penais), são brincadeiras com quem trabalha." "Infelizmente, neste país, há meia dúzia de gente séria que trabalha e produz, para que outros façam coisas destas (referindo-se às tais leis)!"

E ontem quando ia no autocarro, dois senhores comentavam: "Há muita gente que não sabe o que diz, mas a verdade é que no tempo do António, podíamos andar à vontade na rua, em qualquer lugar, de noite ou de dia!!!"

A verdade, meus amigos, é que populismo e demagogia à parte, é tarefa fundamental do Estado garantir (por todos e quaisquer meios) a segurança dos cidadãos honestos, que produzem riqueza e pagam impostos. De que nos serviu abrir desta maneira as fronteiras? De que nos serviu, demitirmo-nos da tarefa de monitorizar quem vem para este país para realmente trabalhar, separando o trigo do joio? Toda a gente sabe, mas ninguém o diz abertamente, que existe uma grande diferença de actitude e actividades, entre os imigrantes de 1ª e 2ª ou 3ª geração, e todavía a aquisição da nacionalidade é cada vez mais facilitada e os deportamentos cada vez mais dificultados.

Querem diminuir os casos de prisão preventiva, reforma que trouxe centenas de criminosos violentos e perigosos de novo para as ruas... Querem facilitar a prescrição e assegurar "mais garantias" aos arguidos penais... Querem que o processo penal seja mais célere... mas o que estes Srs. que fazem as leis e governam o país se esquecem (talvez, conscientemente) é de dar meios e fundos bastantes para que os tribunais e as polícias funcionam! É preciso reformar, mas reformar não remendar ou alterar o que está bem por alterar. A culpa, diga-se, também recai na Comunicação Social que com a sua procura de populismo, apresenta criminosos como vítimas de suposta "violência policial", quando se esquece que no mundo real é por vezes imperativo, para parar, ou dissuadir, agressões a direitos dos cidadãos honestos e cumpridores da lei o uso da força!


Fundamentalmente é preciso:



  1. Alterar a lei da nacionalidade.

  2. Atribuir mais poderes às polícias, para que elas não se sintam constrangidas no uso necessário da força.

  3. Dispender mais fundos, tanto na formação, como no equipamento das polícias de investigação criminal.

  4. Alterar o Código Penal, estabelecendo penas muito mais severas, para os casos mais graves, violentos ou censuráveis.

  5. Construir mais estabelecimentos prisionais e mais tribunais, afectando aos mesmos mais meios humanos e materias.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Onde andas tu?

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

(Sophia de Mello Breyner)

Autênticos atletas

Todos os dias andamos de carro, de mota ou num passeio. E todos os dias, em casa ou na rua, somos expostos a situações que num segundo podem mudar as nossas vidas. Num piscar de olhos qualquer pessoa pode ficar 'presa' a uma cadeira de rodas e ficar, total ou parcialmente dependente, de outros.
A primeira concepção errada é que acontece só aos outros. É mentira. Não acontece só aos bêbados ou aos irresponsáveis, acontece as pessoas normais que se limitaram a atravessar uma passadeira.
A vida de um tetra ou paraplégico é tudo menos fácil: cada acção natural para nós apresentasse-lhes como um desafio, mais um obstáculo a superar no caminho para atingir a maior independência possível e voltar a ser só uma pessoa ‘normal‘.
Infelizmente a nossa sociedade insiste em fechar os olhos a estas realidades e muito pouco é feito para facilitar estas vidas. Não há a preocupação de adaptar o nosso mundo as dificuldades deles: os espaços públicos continuam maioritariamente sem acessos a cadeiras de rodas, os carros adaptados são demasiado caros, as rampas e elevadores em centros comerciais escassos..
Mais uma das vitorias esquecidas destas pessoas são os jogos palimpicos a quem ninguém presta muita atenção. Mas estes atletas tem muitas mais dificuldades e por isso são mais esforçados, empenhados, lutadores e sempre vencedores nem que seja dos desafios da sua inibidora condição física.
Não se esqueçam deles.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Jogos Olímpicos


Nelson Évora salva a reputação de Portugal em Pequim!!! Depois de uma prestação algo duvidosa dos atletas olímpicos nacionais, Nélson Évora atingiu agora os píncaros de uma carreira no atletismo.

Vanessa Fernandes falhou o ouro e ficou num honroso segundo lugar, lugar que mesmo assim está abaixo das suas potencialidades, mas acima de tudo teve a coragem de pôr em evidência as motivações (ou falta delas) dos atletas portugueses durante os jogos. Na vela também ficámos muito aquem das expectativas, mas um dos velejadores nacionais teve a decência de pedir desculpas à Nação e de afirmar convictamente que quando competia era para ganhar, subir ao pódio e ouvir o hino nacional. Já nas outras modalidades, a desilusão foi geral e a falta de empenho foi evidente...

Mais uma vez, no mundo da alta competição (tal como aconteceu no europeu de futebol) ficou evidente que faz falta uma política concertada no desporto, ambição nos atletas, política de fomento da sua prática, promoção das vitórias e rejeição das derrotas!

Tem de acabar o espírito tão evidente em frases, muitas vezes proferidas por atletas olímpicos ou de alta competição, como:

"Já foi bom um segundo lugar..."

"O importante é participar!"

"Fizémos tudo o que podíamos, mas era impossível ganhar."
Os derrotados têm de ser tratados como tal, porque o louro e um lugar na HISTÓRIA estam reservados para os vitoriosos! A recompensa não está no dinheiro mas na honra!

quinta-feira, julho 24, 2008

Bifurcação


De vez em quando a nossa vida dá uma volta de trezentos e sessenta graus, nessas alturas ou caímos no chão ou aguentamos firmes e esperamos até que o mundo pare de girar à nossa volta...
Estávamos já habituados a todo o constante balançar, e até já tínhamos conseguido assentar e de repente chega a tempestade, chega a bonança, e toda a nossa vida leva uma mudança radical.
Chegamos a uma encruzilhada, olhamos para trás e já não vemos o caminho por onde viemos... Agora tudo está escuro, cada viela parece diferente, cada estrada familiar está desfocada e irreconhecível e à nossa frente, feitas de pura fatalidade dois caminhos desconhecidos e assutadores se apresentam perante nós: sabemos que daí em diante, qual seja o caminho que escolhermos nada será igual, vidas serão deixadas para trás, bocadinhos de nós irão ficar (como migalhas desfeitas) espalhadas no chão. Sabemos isso tudo, e também sabemos que a a escolha implica uma mudança radical, um risco enorme, uma incerteza incomportável... E tudo isso pesa... Pesa demasiado! Será que estou preparado? Mas a recompensa, essa é sempre proporcional ao risco e o furacão só vem a pôr a descoberto o sonho e a persistência. E são estes pensamentos que vêm apensos com cada nova alvorada!


Alvorada

E de súbito um corpo! Alvorada sombria,
alvorada nefasta envolta nuns cabelos...
Eram negros e vivos. Quem sofria,
dentro de mim, e assim tremia
só de vê-los?

Eram negros; e vivos como chamas.
Brilhavam, azulados, sob a chuva.
Brilhavam, azulados, como escamas
de sereia sombria, sob a chuva...

Veio cedo de mais a trovoada:
o vento me lembrou
de quem eu sou.
-Alvorada suspensa!, contemplada
por alguém que chegou a uma sacada
e á beira da varanda vacilou


David Mourão-Ferreira

terça-feira, julho 15, 2008

Warwick Avenue



Adoroo, nem tanto a letra mas mais o ritmo, ideal para um fim de tarde à saída da praia;)

Finalmente :D

sexta-feira, julho 04, 2008

"Simplex" vs, Notários

Agora os notários andam em polvorosa com o "simplex", com o "simplex" que é uma denominação demasiado sonante para algumas simplificações de embalagem que deixam por reformar questões de fundo, se bem que, verdade seja dita, nos últimos anos muito foi feito para poupar tempo precioso desperdiçado em burocracias e mesquinhices estatais!
Não quero dar razão aos notários, que muito dinheiro cobram, e cobraram ao longo dos anos por fazerem muito pouco em prol dos portugueses (valendo-se da sua exclusividade na "venda" sua pública), nem quero dar razão ao estado que não se pode vangloriar do que já fez, quando foi durante muito tempo indigente, fez pouco, e deixou muito por fazer....
Vou contar-vos um pequeno episódio, que mostra o paradoxo desta desavença entre estes burocratas que vivem da burocracia (notários) e as quase-reformas do governo (simplex):

Preciso de uma fotocópia autenticada (notem bem, fotocópia do original) de um certificado de um curso de língua inglesa, escrito nessa língua e passado por uma Universidade britânica, ara entregar na Universidade. Quando peço isto a uma Sra, ao fim de vinte minutos volta ela, parecendo muito atarefada e cansada e diz-me: O Sr. não pode tirar uma fotocópia autenticada disto! Tem que me trazer uma tradução oficial primeiro... Ah! E custa 17 euros a fotocópia... Seguinte! Ora bem, nem tal coisa faz sentido, visto que quero uma fotocópia autenticada é do original, não da tradução, nem se vê porque tal tradução seja requisito necessário da primeira!
Afinal o "simplex" não é bem "simplex"!!!

sexta-feira, maio 23, 2008

Isto é um escândalo, é um abuso!!!


A escalada constante e imparável dos preços dos combustíveis, está a tornar incomportável o custo de vida em Portugal. Hoje para além do debate entre os candidatos a líder da oposição, vi uma notícia que gostava que o suposto "Eng." José Sócrates visse, e que visse com atenção! Os postos de abastecimento próximos da fronteira, em Espanha, registam lucros recorde, têm uma facturação extraordinária e abrem-se novos negócios fronteiriços, que exploram os custos reduzidos dos produtos petrolíferos mas não só no país vizinho quando comparado com o nosso. É um escândalo, quase criminoso, o facto de num espaço tão próximo como a Península Ibérica existir tamanha discrepância a nível fiscal, havendo uma diferença de mais 4% no imposto sobre o consumo português comparado com o espanhol, e representando o imposto sobre os combustíveis num abastecimento de 60 litros, mais de 25 euros de diferença na factura final; até porque, convém que os portugueses tenham a noção, que em Espanha, cada trabalhador ganha em média cinco vezes mais do que um trabalhador nas mesmas condições em Portugal!!!
Nesta última semana gerou-se grande contestação face às gasolineiras, e face aos aumentos sucessivos que passaram a ser pluri-semanais nos preços que praticam. Não deixa de ser um facto que os revendedores, principalmente a Galp e a BP, actuam como um cartel, mantendo na prática o mesmo sistema de concertação de preços que existia antes da liberalização do sector. Mas o que os portugueses têm de perceber, compreender e se capacitarem é que o problema não está tanto na concertação dos preços, mas na enormidade proporção dos mesmos que é canalizada directamente para o pagamento do imposto sobre os combustíveis (cerca de 70%). E contra isso, é que os portugueses, os mesmos que fizeram cair um governo por causa de um simples aumento de portagens numa ponte, se devem revoltar!
Não só as políticas fiscais e orçamentais dos últimos governos têm vindo a empobrecer vertiginosamente o país, como esta discrepância fiscal com o país vizinho, é causa directa de uma quebra na receita fiscal, causada pela transferência do consumo nacional para Espanha, que só a nível dos combustíveis é calculada em mais de 70 milhões de euros anuais, o que só por si devia ser indicador da falta de visão e inteligência fiscal, que esta política representa...
Não admira que o resultado da sondagem anterior dos egos tenha sido:

O que acha do aumentar do fosso económico entre Portugal e Espanha, e de uma possível União Ibérica?
A culpa é do 25 de Abril! Em espanha tiveram o Rei Juan Carlos, cá tivémos o Vasco Gonçalves!(É como comparar a noite e o dia)
35%








Gostava de ter residência em Espanha e usufruir das fraudes fiscais! 19%

quinta-feira, maio 08, 2008

O PSD


Começou agora uma nova fase na telenovela que é, infelizmente, a vida política do Partido Social Democrata. Estamos perante, nos países ocidentais, uma modernização da política e da democracia, muda-se a forma de fazer política e a participação que o comum dos cidadãos tem na mesma; e este processo deve-se em grande medida aos meios de comunicação social, que através da sua constante interacção com o grande público tem vindo a contribuir para populizar a política, trazendo as grandes decisões e discussões para a praça pública (o que velas, entenda-se, não considero ser uma coisa necessariamente positiva). Assim temos agora no PSD, uma campanha para Líder do partido que se assemelha muito com as primárias norte-americanas, com cada um a querer dar a sua opinião e a decidir do rumo que deve tomar o partido!

Pensei seriamente se me deveria pronunciar, como fizeram tantos dos ditos "comentadores políticos" acerca das candidaturas e das novelas que têm vindo a lume nos últimos tempos. E foi por ter pensado no assunto, por reconhecer que é essêncial á sobrevivência do partido, da direita, e talvez da democracia portuguesa, a resolução rápida de todos os problemas que impedem o PSD de constituir uma oposição útil e credível, que resolvi intervir nesta convulsão interna.
E também, por causa dessas razões, tenho de dar o meu apoio a Manuela Ferreira Leite, a única candidata, com a excepção de Pedro Passos Coelho (embora este se devesse guardar para outras lutas políticas, esperando pelo tempo certo para se candidatar a líder partidário e a Primeiro-Ministro), capaz de liderar seriamente o partido!

Manuela Ferreira leite tem as ideias, a determinação, a seriedade, a moralidade e a austeridade que se quer numa alta figura de estado. A sua vida fala por si, e o PSD deve abandonar de vez a sua vertente populista, negando protagonismo a toda aquela gente que usa o partido em proveito próprio, e não como um meio de contribuir para o futuro do nosso país! Apoiar Manuela Ferreira leite, é apoiar quem é a pessoa, neste momento, para estabilizar o partido, e constituir uma alternativa sólida e credível para a governação do País; e não outro candidato qualquer, que ainda não está preparado, ou que representa uma continuação da política do populismo demagógico, do facilitismos, ou do vazio ideológico…

quinta-feira, abril 24, 2008

Essências do passado

Há dias em que, percorre pelo nosso corpo, lembranças de tempos já perdidos, saudades do que foi... e que em nós, ainda não morreu!

sábado, abril 12, 2008

Carne de Cão


Vou falar-vos de um dos meus escritores actuais preferidos - Pedro Juan Gutiérrez - e do seu livro "Carne de Cão".
Com um estilo cruamente chocante, e impressivamente realista, este escritor cubano num registo marcadamente auto-biográfico dá-nos a conhecer a realidade da sua vida em La Habana Vieja, palco principal do desenfreado desenrolar da sua vida diária. Personagem que, reflecte frontalmente na sua vida a complexidade sentimental que pugna dentro de si, complexidade essa, que colide com a natureza dura mas simples dos caminhos que se tomam.
Na característica sociedade cubana, tal como ela se encontra ao fim de décadas de controlo e repressão governamental, a ilha de Fidel Castro e o calor caribeño servem de rastilho e inspiração para os devaneios de uma alma brutalmente sensível!
Com uma linguagem acutilante mas também marcadamente oral, com uma bestialidade sincera, choca o leitor com a natureza das palavras que solta nesses diálogos, que tão bem entrecruza com reflexões pessoais e íntimas. Conquanto a linguagem que usa, a sua escrita e o seu pensamento expresso naquelas palavras, apresentam uma profundidade e fluidez raras de encontrar, muito menos em romances deste género. E é nessa brutalidade (sincera e frontal) aliada à omnipresente conflitualidade paradoxal, que discorre a cada palavra, dando-nos a sensação de terem sido elas marcadas com o mesmo sangue que jorra sem parar do constante tumulto interior, que se encontra a sua originalidade e genialidade!
Página a página, aqueles de nós que são menos impressionáveis e que no fundo até gostamos de ser, se bem que de vez em quando, confrontados com a grosseria da realidade, vamos-nos prendendo ao sonho e desilusão, à esperança e desengano, que abundam numa vida toda de experiência e sensação. Um escritor que não é para todos, mas que vale definitivamente a pena experimentar!
Quando o leio, sinto-me, outra vez, a percorrer ao crepúsculo as vidas que desfilam com naturalidade, recortadas, na tranquila e sublime beleza daquela baía... Fecho os olhos e sinto o calor e a humidade que me confortavam, sinto todo aquela fragrância de alegria e sensualidade que emanava de cada corpo quente, e perco-me calmamente no turbilhão do pensamento.

Deixo-vos um pequeno excerto:

"Sentia dentro de mim um odioso cocktail de violência, agressividade, lúxuria, necessidade de álcool. Mas também sentia que o meu coração endurecia. Cada dia mais e mais. era o que eu queria: ter um coração de pedra. Se amolecesse não conseguiria cortar o mal pela raiz. Tinha de cortar o podre todo. Limpar com desinfectante. cicatrizar. e continuar em frente. Preferivelmente com um sorriso nos lábios. Sem amarguras em relação ao que apodreceu, cortei e atirei aos cães. Não sabia se o conseguiria.
A lúxuria e o álcool tinha feito muitos estragos no meu interior. demasiados estragos. todas as minhas melhores recordações eram de mulheres nuas em cima da cama. E sexo. Muito sexo. O descalabro total. Precisava de concentrar a minha energia em algo mais perdurável. era uma questão de vida ou de morte.
Outro dos meus problemas, nessa altura, consistia em conseguir transformar tudo em literatura: o mais doloroso, a podridão, o lado obscuro e miserável da vida. Ia ficando tudo para trás. Nada era duradouro. queimava-se tudo à minha volta como se só houvesse restolho seco.
Pensei que a solução viria por si mesma se o meu impulso sexual se dissolvesse com a velhice. então conseguiria neutralizar esse desejo cego e retirar-me para qualquer lado, para o campo, com duas ou três vacas. Ordenhá-las ao amanhecer e cultivar uma horta. Apenas isso. O mesmo que fazia na quinta da minha avó quando era criança. recordo-me muito bem dos pormenores daquele tempo, nos anos 50, antes de começar o caos e a diáspora. Havia silêncio, solidão, árvores, pássaros. E poucas visitas. quase ninguém. Era um mundo muito pequeno. apenas um quilómetro em redor mais ou menos. Isso simplificava as coisas. Agora é tudo vertiginoso. o mundo é gigantesco e caótico. Impossível de abarcar."

quinta-feira, abril 03, 2008

Brutal baixaram o IVA 1%!!!

Quando já não falta assim tanto tempo para as eleições, não é que o executivo de Sócrates decide baixar a taxa máxima de IVA de 21% para 20%!? Ninguém dúvida que esta medida não é coincidência, ninguém dúvida que não passa de mais que uma simples medida propagantista e populista desenhada pelos relações públicas de Sócrates, mas o que não entendo é como ainda existem pessoas que a aplaudem. Não estou a dizer, que pagar menos impostos seja uma coisa má. Aliás, quanto menos impostos eu pagar, quanto menos dinheiro eu gastar para sustentar um estado corrupto e decadente melhor! O que me irrita, é a bondade que se quer associar a esta medida.... Acaso os portugueses já não se lembram de quem aumentou o IVa de 19 para 21%??? Já não se lembram quem aumentou brutalmente os impostos sobre o tabaco e sobre a gasolina? E o IRS? E o IRC? Quem é que fez promessas eleitorais de não aumentar impostos e de corrigir o défice, cortando nas despesas públicas??? Pôr o Sócrates num pedestal, aclamando esta medida rídicula de baixar uma ninharia num imposto que para ter real relevância a descida de uns pontos precentuais na taxa é preciso estar em causa uma quantia muito elevada, mete-me nojo! Ainda por cima, quando este governo é o mesmo que prometeu tanto não aumentar os impostos como cortar a despeza pública; ora não só aumentaram e muito os impostos pagos pelos contribuintes, como ainda não cortaram, pelo contrário aumentaram, a despeza pública!
Quando os portugueses chegarem ao fim do mês, e sentirem que esta medida não melhorou o estado deplorável das suas finaças familiares aí quero ver se reajem com igual repúdio ao defraudamento das suas legítimas expectativas....


terça-feira, abril 01, 2008

Curiosidade

Ando realmente com falta de saúde e tempo para escrever o texto que queria mas gostava de deixar aos leitores a sugestão de um filme que me anda a despertar a curiosidade.
Com uma história diferente das habitualissimas comédias romanticas, um elenco recheado de bons actores e um tema aprovado por todos, os efeitos que a música pode ter na vida das passoas, tem tudo para dar certo.
Áqueles que tiverem o tempo e a vontade de o ver não hesitem em deixar ume crítica!



sexta-feira, março 28, 2008

Diz que é uma especie de Telejornal...


Quero aproveitar este meu espaço, para exprimir o meu descontentamento, ou melhor mais do que isso raiva, pelos actuais noticiários portugueses, principalmente da noite e dos canais generalistas!
Como se já não bastasse mais de hora e meia de telejornal, quando não mais, todos os dias somos bombardeados com "notícias" desportivas, tradicionalmente a última parte do alinhamento dos jornais, agora substituidas pelas habituais reportagens geralmente sem interesse, reportagens essas que raramente desvelam assuntos fora da mera banalidade, curiosidade, ou até futilidade...
Mas sosseguem os fãs da bola, porque o mais escandaloso é que por exemplo hoje o noticiário da SIC começou a dar desporto (futebol, claro...) decorrida logo a primeira meia-hora de telejornal!
Nem num país como o Brasil, com muito mais razões para promover o seu futebol, se dedica mais de dez minutos ao desporto rei. Vinte minutos com assassinatos e outros vinte com casos de corrupção sim, mas não mais de dez minutos para o desporto!
Só neste país ridículo e iletrado, é que os "mourinhos" têm mais importância do que os destinos reais do nosso país, por muito acanhados que eles sejam!

Rock in Rio 2008


Apesar de o cartaz da terceira edição do Rock in Rio em Portugal já estar completo, gostaria de deixar aqui o nome das bandas que estão ausentes e que, quanto a mim, farão a maior das faltas num espectáculo que se quer grandioso! Além de serem artistas geniais, a sua presença no palco supera sempre todas as expectativas, pela energia e dedicação à sua arte, amor que se denota e se transmite para o público a cada nota que entoam em palco... São estas as bandas, acompanhadas de algumas das suas músicas que acho mais bem conseguidas, que adoraria ver, pessoalmente, num qualquer palco português:

  • Coldplay

  • U2

  • Dave Matthews Band (sei que esta música é um cover do Rei jimmy Hendrix, mas adoro a sua interpretação)




De qualquer das maneiras, o cartaz é este:


"A 30 de Maio o Palco Mundo conta com a presença de James Morrison, Ivete Sangalo, Amy Winehouse e Lenny Kravitz. A 31 de Maio actuam os Skank, Alanis Morissette, Alejandro Sanz e Bom Jovi.

No dia 1 de Junho, quando se celebra o Dia Mundial da Criança, a organização apresenta um cartaz dedicado à família. Xutos & Pontapés, Tokio Hotel, Joss Stone e Rod Stewart são os artistas a subir ao Palco Mundo neste dia. Para celebrar a data, as crianças até aos nove anos (inclusive) não pagam entrada desde que acompanhadas por um adulto responsável e detentor de bilhete válido.

A 5 de Junho o dia é dedicado aos fãs do Heavy Metal. As actuações no Palco Mundo começam com Moonspell e logo depois entram os Apocalyptica, Machine Head e termina da melhor forma possível com os Metallica.

Para o último dia, masi quatro grandes bandas para animar o maior palco do mundo. Orishas, Kaiser Cheifs, Offspring e Linkin Park."


quarta-feira, março 26, 2008

Recomeçar

Há algum tempo que não escrevo.
Porque? Nem eu sei (talvez pareça vago, mas a desculpa da falta de tempo está demasiado gasta). Poderá ter sido a falta de motivação mas vontade essa nunca me faltou.
Foram tempos de mudança, e de redefinição, de cair para aprender a levantar-me de uma nova maneira e apoiada por pessoas diferentes resumindo de crescer. Este foi um crescer que preferi guardar para mim mesma, na vida nem tudo se partilha com igual facilidade..
Mas passou, como eterna aprendiz que sou encaro a possibilidade de uma próxima queda com serenidade e espero poder partilha-la e atraves dela ajudar outros.
Para já, vou fazer o que diz o slogan e viver o momento, dando férias a preguiça e voltando a "aborrecer" os cibernautas com um pouco de mim..

sexta-feira, março 21, 2008

Senator Barack Obama Vs. Senator Hillary Clinton

Estamos perante um hiato nas primária Norte-Americanas, pelo menos até dia 13 de Maio, data da ida às urnas em West Virginia, o rumo dos democratas não se definirá no que toca à escolha de uma candidata presidencial ou de um candidato preto (irrita-me as expressões "politicamente correctas", considero-as para mim mais ofensivas que as palavras tradicionais). Aliás a campanha, agora que se aproxima das suas etapas decisivas, de vida ou morte política, descamba cada vez mais para estes dois tabus: O facto de uma mulher ou um preto, poderem vir a ocupar o cargo político mais relevante para o mundo Ocidental!
A campanha da senadora Clinton, está principalmente empenhada em centrar a campanha nestes assuntos, em desvalorizar os resultados de Obama com a questão racial, em atacá-lo pessoalmente pelo seu passado duvidoso que viveu nos bairros pobres. Centra aliás, com pouca inteligência a meu ver, a crítica a Obama na sua falta de experiência política. Ora, para mim e para tantos outros, eternamente desiludidos com a política e com o rumo que a democracia infelizmente seguiu, ser uma pessoa jovem, ainda iludida e sonhadora, com vontade de mudar, não pertencendo ao sistema corrupto e decadente que estrangula a verdadeira política que deve ser sempre vista como um serviço a comunidade e não como um meio de atingir vantagens meramente pessoais, é quanto muito uma grande vantagem!
Apesar da suas origens, realmente Barack reúne à sua volta mais apoios entre a classe média e alta, e entre os jovens, entre os pretos maioritariamente e entre muitos brancos que sentem que estamos num ponto de viragem - a política está a acompanhar os novos tempos, tempos ecológicos e tecnológicos, tempos de política empreendedora e não conservadora (conservadora aqui entenda-se, no sentido de estagnação e manutenção da podridão do status quo político actual), tempos em que as "tricas" políticas começam a ser penalizadas face à apresentação de propostas concretas... E Barack Obama representa estes novos tempos, já Hillary está agarrada ao velho sistema decadente, presa à ridícula ambição de por arrasto do nome que lhe deu o seu marido, chegar também ela à Casa Branca. Do que Hillary se esquece, é que o seu apelido é Clinton e não Kennedy!

Vejam um dos discursos de Barack Obama. Hipnotizador. Brutal! O melhor de entre todos os actuais oradores políticos!

"We've been asked, to pause for a reality check! We have been told against offering the people of this nation false hope! But, in the unlikely story that is America, there hasn't been anything false about hope!!! (...) Yes we can to justice and equality! Yes we can to opportunity and prosperity! Yes, we can heal this nation . Yes we can repair this world. So tomorrow (...) we will remember there's something happening in America. That we are not as divided, as our politics suggest. That we are one people. We are One nation. And together, we will beging the next great chapter in the american story, with three words, that will ring from coast to coast, from sea to shinning sea... - YES, WE CAN!!!"

terça-feira, março 18, 2008

Só algumas ditaduras são más...



Aquilo que está a acontecer no Tibete, parte integrante da República popular da China, desde que esta o anexou à umas décadas atrás, é a prova de que para os governantes do Ocidente e para a nossa opinião pública, só algumas ditaduras são más e só muito poucas merecem a nossa atenção, e algumas ainda mais raramente a nossa intervenção.
O que se passa no Tibete, está longe, está abafado por uma máquina eficiente de propaganda comunista, está controlado por uma hábil máquina de pressão diplomática e económica que emerge do gigantesco estado chinês. e assim, pouco a pouco, dia a dia, vão sendo apagados os sinais distintivos do povo tibetano, alvos fáceis de uma aculturação escondida e forçada às mãos de um estado do proletariado que não admite diferenças, individualismos ou livre arbítrio no seu seio. Mudam famílias chinesas para as terras dos deportados. Prendem quaisquer tímidos representantes da resistência. Impõem novos ritos religiosos. Apagam todos os sinais culturais, distintivos da riqueza histórica tibetana, que conseguem. Reeducam a população na cultura chinesa da obediência e do medo! E no entanto, os países democráticos continuam a compactuar com este estado de coisas, continuam a comprar os produtos que lá são produzidos com recurso a mão-de-obra escrava, continuam a aceitar o regime comunista chinês no seio das Nações Unidas e das restantes organizações internacionais de nações. Continuam a ignorar intencionalmente a violação diária dos direitos humanos, por todo o território chinês e continuam a compactuar com um regime que sob o pretexto de uma revolução cultural destruiu para sempre tesouros incalculáveis da história e cultura chinesa, votando muitos milhares de chineses a uma perseguição bárbara por causa dos devaneios de um regime ideologicamente putrefacto de nascença.
Fomos tão rápidos a condenar a Jugoslávia pelo que aconteceu no Kosovo, e a Indonésia pelo que aconteceu em Timor, então porque esperamos para enfrentar este regime desumano?!

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Kosovo Independente



O Kosovo é o mais recente país do Mundo, depois de se ter proclamado, unilateralmente, independente da Sérvia! Situação que já era de antever, dada a recente evolução histórica de desmembramento do grande território anteriormente unificado sob o governo do General Tito, mas que ainda assim deixa em alvoroço a comunidade diplomática internacional. E porquê? Não porque, este desmembramento, já não tirado a linhas de esquadro (como o feito em África) mas tirado sensivelmente das diferenças étnicas das populações, seja de todo indesejável ou potencialmente explosivo, mas pelo medo de que possam, as repercussões de tal ousadia, encontrar eco noutras sensibilidades nacionalistas!
Por cá o parlamento regional da Madeira, aproveitou logo para tentar atear o fogo independentista daquela região autónoma, e também por aí se vê o porquê da apreensão de Espanha em reconhecer a independência do Kosovo, pois isso seria arremessado como arma política pelos separatistas Bascos ou catalães, como tem vindo a ser; já a Rússia, vê-se porquê todas as reticências em relação ao permanente desmoronar dos seus países satélites, réstias do seu outrora império comunista, que agora gravitam cada vez mais em torno da União Europeia.
Agora há manifestações sérvias quase todos os dias, mas quem já passou por estes territórios, sabe que já há alguns anos o Kosovo era praticamente independente, com um estatuto muito peculiar e gerido na prática pelas forças da KFOR , o que aconteceu foi apenas o reconhecimento formal do estatuto, que a bem ou a mal, pelas piores ou melhores razões, adquiriu este território dos Balcãs!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Cheias

Hoje, mais uma vez, voltaram-se a repetir cenários dantescos de inundações e cheias na área da grande Lisboa, dos quais infelizmente resultaram vítimas mortais para além dos já habituais avultados danos materiais.
Mais uma vez, ouvi o Sr. Arq. Ribeiro Telles na televisão clamar por um ordenamento integrado do território, pela aplicação urgente dos planos de ordenamento territoriais há muito elaborados e já demasiadamente estudados, e mais uma vez, apercebi-me da futilidade de tanta indignação e de tanto esforço por parte daqueles, como eu, que lutam por um País melhor. Toda esta constante luta, reforçada por constantes resultados catastróficos que há muito adivinhávamos, continua a "cair em saco roto"! E continuará a cair, enquanto não se purgar as classes dirigentes desta Nação. Enquanto se continuar a tolerar a corrupção camarária, que gira em torno dos sobejamente conhecidos interesses imobiliários, enquanto se continuar a eleger órgãos locais notoriamente corruptos e órgãos centrais incompetentes, de nada servirá toda esta revolta daqueles que tristemente sentem, em suas casas, no seio das suas famílias, os efeitos directos de tão previsíveis tragédias!
Sr. Presidente da Câmara, desde que foi eleito, a única obra que vi sua foi: o arrastar da permanente degradação das ruas pseudo-alcatroadas e passeios mal calcetados, o nojento estado de abandono dos jardins e pracetas públicas, o cheiro imundo das escadas e cantos, as sarjetas entupidas, o entulho nas ribeiras, etc., etc..
Depois disto tudo, e das grandes obras que são aprovadas (exemplo, do condomínio inundado em Alcantra) e executadas em leitos de rios e zonas ribeirinhas, depois da inexistência ou insuficiência (e até muitas vezes má execução) de sistemas capazes de escoamento, ainda fazem destas cheias notícia???

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

A Ironia da Vida

Superior à nossa propensão para amar, só a nossa trágica queda para a desilusão. E ela é tão previsível, tão naturalmente inevitável, que só um animal sonhador pode acreditar que, desta vez, ela não terá lugar! Está na minha natureza confiar, o pior, é que está na natureza humana dos outros, trair, desiludir, magoar... E, mesmo sabendo desta fatalidade, continuo, uma vez após outra, caindo nas mesmas ilusões. Pode-se dizer então, que essa é a minha natureza - sina que me leva ingenuamente a acreditar, de cada vez que o sonho que as sensações e os pensamentos constroem se sobrepõe à triste e pálida versão da realidade, que tal como esses sonhos alados se desenham possíveis e eternos dentro de mim, também se projectam dessa forma no meu exterior.
Passo o tempo todo, lutando para não me prender, lutando para que consiga antecipadamente prever, à luz fria da minha distância, a hora certa e o momento certo para me afastar. Mas acabo, sempre, por me deixar agarrar. Agarrado à luz quente e traiçoeira da esperança, vou acreditando que consigo vencer todas as adversidades, e genuinamente dedicado a esse propósito, vou-me deixando enganar...
Sofro da ingenuidade que me é inerente, e por causa disso, levado a confiar na sinceridade do sentimento alheio, acabo por cair no abismo da desilusão. Gostava de passar de corpo a corpo, sem nunca sentir o frio da culpa que vem com a madrugada, sem nunca olhar para trás com arrependimento, sem nunca depositar a minha esperança numa qualquer alcova; aposta perdida na sua génese, traição que está por acontecer, dor que está por vir... Diminuindo o elemento de sonho no prazer, não buscando mais nada do que aquilo que o momento me traria, viveria certamente com menos percalços e desassossegos.
Mas não é assim que sou. E por muito que tente, de cada vez que fingir não me interessar, que fingir não me entregar, tentando viver como se nada pudesse penetrar na carapaça que ergo entre a minha alma e o mundo, para que tudo o que sinta, sinta por transladação, como se de um sentimento estranho se tratasse. Por muito que insista, nessa capacidade de sentir sem sentir, capacidade de um ser superior, que colhe os frutos que quer, sem o suor de os criar nem o risco que a tristeza de os perder acarreta, nunca vou conseguir mais do que a viver com a mera aparência de não ser, um ingénuo sonhador!
O que pensava nunca fazer, acabo por fazer. O que pensava que nunca me fizessem, acabam por me fazer. A mais esforçada e leal entrega é a que, por puro acaso ou amargo fado, acaba por se esfumar mais penosa e obscuramente, das mãos firmes que teimosamente a seguravam por fé na sua idealista vocação de eternidade. E essa é, a grande ironia da vida.
Mas apesar de tudo, a vida continua... E se o sonho traz desencanto, também nos dá a insana esperança, de que chegue um novo dia, que doirado de perpétua alegria faça valer a pena, cada tormento de viver com sentimento!


Fiquem com uma das melhores actuações ao vivo de sempre, adequada aos sentimentos soltos neste pequeno desabafo. É pena a qualidade nem se comparar com o DVD, mas dá para se ter uma ideia do nível destes monstros da música.





U2 - Walk on (live at boston)

Fotografia cedida por: Francisco Nobre

terça-feira, janeiro 29, 2008

Opus Teixeira Pinto





E não é que perdendo centenas de milhões em apenas uma semana o BCP, dá a Paulo Teixeira Pinto, nada menos que mais de 10 milhões e 35 mil euros por mês!!!!!!!!!!14 meses por ano!!!!!!!!
Já alguém reparou que estes dez milhões são as comissões absurdas que pagamos por cada transacção, por levantar cheques, por simplesmente ter o nosso dinheiro no banco, por cada vez que teremos mexer no que é nosso e no que nos custou a ganhar, termos de pagar!
Se alguém acha que isto não é absurdo, escandaloso, promíscuo, o que for, que diga….
É revoltante ver como o dinheiro é gasto neste país!
Não sei mesmo mais o que dizer perante tamanho…

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Onde fica o Aeroporto? É em alcochete-Jamé! Porreiro pá!

Sim é verdade, muitos dos leitores já se queixaram que o blog tem andado um pouco desactualizado, além de não ter tido a colaboração dos restantes contribuidores do blog nos últimos tempos, não tenho tido muitas hipóteses para fazer aquilo que mais gosto - escrever.
Gostaria de fazer realçar, embora brevemente, a escolha de Alcochete, como a futura localização do aeroporto internacional de Lisboa! Este espaço de opinião, não é um mero desabafo, uma crítica fútil, ou um maldizer sem finalidade (bem ao estilo do sobremaneira identificável discurso bloquista). E tal como criticamos, porque nos doí ver o caminho errado por onde andamos, porque temos sempre aquela característica imanentemente sonhadora do ser humano, que é a esperança, também temos de incentivar quando se tomam as escolhas acertadas, mesmo que pelos piores motivos, ou mesmo que venham desastrosamente atrasadas....
Por isso, gostava de agradecer, em nome da maioria dos portugueses, e da maioria dos nossos leitores que se exprimiram esmagadoramente pela localização na margem Sul. Apesar da solução que recolheu mais consenso, ter sido a solução de manter a Portela em funcionamento, complementando o Aeroporto a construir em Alcochete, posição que defendo por me parecer a que melhor serve à criação de uma rede funcional de tráfego aéreo não só internacional, mas também nacional (pode ser que com este primeiro passo, tal proposta acabe por vingar...). Felicitando o governo, por ter finalmente cedido no seu cego autismo ao bom senso e ao interesse nacional! Finalmente as campanhas de lavagem cerebral, dos exércitos de relações públicas e imagem de Sócrates falharam e não conseguiram nem impingir uma das ideias ruinosas deste governo, nem branquear a triste e preocupante realidade nacional ... Será que o povo começa a acordar? Com que então Sr. Ministro do deserto, das "gafes" e dos francesismos aportuguesados, afinal que é feito do Alcochete jamé?

sábado, janeiro 19, 2008

Novo acordo ortográfico

Nada me irrita mais, nada é para mim alvo de uma tão grande repulsa, mesmo neste mundo moderno onde ele é ou deveria ser quase constante, que a deturpação da nossa linguagem. Por vezes, uma palavra mal empregue, uma frase sem sentido ou uma falha ortográfica, causam-me mais confusão ou até pena, do que ver a decadência para que caminha a nossa civilização ocidental.
Talvez uma seja consequência, ou esteja na origem da outra...
As abreviaturas sem sentido, as letras que se trocam sem qualquer lógica ou sentido, na linguagem não só oral como já também na escrita, o uso de estrangeirismos desnecessários, simplificações aparentes, ou oralidades incorrectas, causam em mim grande consternação. afinal, a língua é parte integrante da cultura, expressão máxima da História, condicionalismos e especificidades de um povo. A língua portuguesa, é na verdade, o nosso Império que está por assegurar e que temos a todo custo de preservar, promovendo a divulgação da nossa língua na sua pureza e beleza complexa e sublime, lutando pela pela sua enorme riqueza e acima de tudo, combatendo todos os maus usos, todos aqueles que menosprezam e denegam o lugar cimeiro dos múltiplos elementos de que é feita a nossa identidade.


Por mim, vou continuar a escrever como sempre o fiz, preservando a complexa riqueza da nossa língua, pois é nela que radica a sua magnificência, como forma de expressão última! Só espero, que tenham o bom censo de nunca chegar a aplicar um acordo (seria o sinal claro da nossa decadência consciente como cultura), só alcançado para agradar aos brasileiros, que são os únicos P.A.L.O.P.'s que insistem na sua versão deturpada do português, como se já não bastasse as concessões que se fazem a esta gente no âmbito da selecção nacional de futebol...

Alguns exemplos do dito "português":

Acto - Ato (igual à 1ª pessoa do singular, no presente, do verbo atar)
Húmido - úmido
Acção - Ação
Baptismo - Batismo
vêem - veem
extra-escolar - extraescolar

Se não fosse tão triste, dava vontade de rir...

sábado, janeiro 05, 2008

Novo ano...

O ano de 2008 começa bem: Os resultados das reformas preciosas no sistema nacional de saúde, começam a dar os seus frutos. O preço dos combustíveis e dos bens de primeira necessidade, atingiu o nível que se espera de um país super-desenvolvido, ou ao invés de uma pobre e remota economia de terceiro mundo, onde até um pacote de leite é um produto de luxo. O rally Lisboa - Dakar, acontecimento desportivo que tanto capital movimentava, foi cancelado para alimentar os alarmismos em torno do terrorismo islâmico. O governo não vai sofrer nenhuma remodelação, pois as pessoas que actualmente ocupam os cargos são plenamente competentes para atirar o país para a bancarrota e caos social. A banca privada está a ser alvo de uma partidarização, com o nobre objectivo de criar mais postos de trabalho para as sanguessugas partidárias, que por esperarem um eterno fluxo de tachos (ai as vacas gordas...), nunca acabaram as suas licenciaturas em Psicologia-social-Agropecuária ou em Gestão dos meios antropológicos de criação de cavalos marinhos.
Mas nada me faz mais confusão, do que a lei moralista e fundamentalista do Tabaco (Macário Correia - "Beijar uma mulher que fuma é como lamber um cinzeiro!"). Agora todos o que fumam são tratados como escória, renegados atirados para a clandestinidade por causa de um vício ou de um pequeno prazer, que gostam de usufruir por entre as adversidades do dia-a-dia. Quem já foi ao El corte Inglês e entrou na pequena gaiola de vidro, destinada aos fumadores, sabe do que estou a falar. Quem já percorreu dezenas de cafés, procurando um em que não tenha de fumar à porta ou na esplanada fustigada pelo vento e pela chuva de inverno, também. Quem tem de vir à porta dos centros comerciais, para acender um simples cigarro durante cinco minutos, quem está a estudar numa Universidade e tem de interromper o seu estudo e se dirigir aos espaços exteriores, etc. etc...
Os exemplos são mais que muitos, e as desvantagens de uma aplicação rígida desta lei feita pela nova Santa Inquisição deste país - a ASAE (cujo director é imagem da hipócrisia que grassa neste país) são facilmente encontráveis. A lei pretende , sempre por uma questão de saúde pública , reduzir os efeitos nefastos do tabaco nos fumadores e naqueles que estão sujeitos ao fumo passivo, mas depois obriga quem quer fumar a estar concentrado em espaços demasiado reduzidos para todos os que não dispensam um cigarrinho com um café, com uma imperial, ou simplesmente a seguir a um bom jantar. E que impacto terá essa concentração na nossa saúde? A lei quer erradicar o fumo, mas depois estabelece excepções onde elas não deveriam existir e proibições onde elas não fazem sentido (só uns exemplos: Feiras, espaços exteriores das universidades, cafés sem possibilidade material e física de terem um espaço para fumadores). Na sua proclamação da liberdade de não se estar sujeito a fumo passivo, retiram praticamente a liberdade que também os fumadores devem ter de fumar um cigarro, desde que não estejam directamente a prejudicar ninguém; e mais importante, retiram a liberdade de organização económica aos proprietários de estabelecimentos abertos ao público, que por não terem possibilidades de adaptar os seu café às excessivas prescrições e limitações legais, não podem ter espaço para fumadores, consequentemente perdendo grande parte dos seus clientes.
A hipocrisia grassa, e à nossa custa os cofres do estado enchem-se com mais uma oportunidade de tirar mais algum com o aumento do imposto sobre o tabaco. somos perseguidos e humilhados, e ainda pagamos para isso! Que rico país o nosso... porque não olham os nossos governantes para o bom exemplo espanhol? Realmente só é cego, quem se recusa a ver! A boa noticia, é que contrariando as tendências inerentes ao nosso povo de entorpecimento e apatia, já ouvi diversos clamores de insatisfação e revolta com este estado de coisas. Talvez desta vez, se passem das palavras aos actos...