domingo, março 04, 2007

Um fim-de-semana diferente

No fim-de-semana das férias do Carnaval fui para um sítio diferente dos convencionais destinos turísticos ou saídas na cidade; o Monte da Ravasqueira. Perto de Serpa aqui a rede no telemóvel era nula, exceptuando certos sítios que mesmo assim requeriam uma tal paciência que acabaram por deixar de contar. Assim acabei a passar 3dias sem contacto com o mundo exterior o que pensei que daria comigo em louca mas pelo contrário se revelaram dos melhores deste ano.
Devíamos ser à volta de 30 pessoas, pais, filhos e amigos de ambos, portanto as refeições eram feitas em conjunto e os atrasos mal vistos. O dia começava cedo já que o pequeno-almoço terminava as dez horas o que inicialmente me irritou bastante mas se revelou bastante produtivo porque notei que quando começamos o dia mais cedo ele parece mais longo e sobra-nos tempo para tudo.
Depois do pequeno-almoço cada um fazia o que entendia desde ler um livro (o meu caso), actualizar trabalho em atraso ou ir à vila tomar um café; até que a hora de almoço em que nos voltávamos todos a reunir à mesa ora na casa principal ora numa casinha de piquenique, perto de um rio que faz fronteira com Espanha, denominada de Latas. À tarde organizavamo-nos em grupos à escolha e variáveis ao longo dos dias, para um passeio a pé em que cantávamos canções intemporais ou as mais recentes dos nossos iPods, nos perdíamos no meio do nada, riamos, contávamos histórias e eu paralelamente aproveitava para tirar fotografias, uma das coisas que mais gosto de fazer principalmente das paisagens fantásticas e ao mesmo tempo tão simples e pacificas que fui encontrando. Voltávamos para casa onde nos esperava chá com limão e torradas quentinhas, roupa limpa e sofás para descansar. Até à hora do jantar havia ainda tempo para um passeio junto à casa, um filme na televisão, um jogo de cartas ou uma boa conversa.
Depois do jantar era o tempo mais enriquecedor. Aos pais acomodados na sala grande muitas vezes nos juntávamos nós, filhos, para resolver enigmas indecifráveis e jogar jogos de perder a rir dos tempos em que a televisão não existia para aprender que os pais às vezes são surpreendentemente divertidos e descontraídos.
Cada um se deitava à hora que entendesse mas entre o deitar e o dormir havia sempre partidas e conversas de quarto em quarto e camarata em camarata que muitas vezes saudavam a madrugada.
No último dia foi com pena e já saudade que todos nos despedimos e agradecemos à anfitriã um fim-de-semana que da previsão de uma “seca” passou a fantasticamente diferente.

5 comentários:

nikonman disse...

Fiquei sem perceber onde fica exactamente esse local.

Thomaz Vaz disse...

lol

Thomaz Vaz disse...

As fotografias estão brutais, fiquei tão espantado porque não sabia que eram originais seus. Estão espectaculares, fiquei sem palavras...

Thomaz Vaz disse...

Fotografias originais TM

Mariana Mar disse...

Mais ou menos a meia hora de Serpa!
Obrigada