domingo, dezembro 10, 2006

Consumir

Hoje em dia é raro o dia que não seja dia de qualquer coisa: dia de lutra contra a sida, dia de luta contra o cancro, dia de luta contra a tuberculose (até aqui tudo bem), mas depois começamos entrar no dia da mãe ou no dia dos namorados, que é para mim o maior exemplo de consumismo que as marcas, lojas e televisão nos querem impor!
Devido ao maior número de ateus e agnósticos perdeu- se o significado do Natal e do acto de dar, perdeu- se o espírito. Pasá- mos a "dar", porque é assim que nos mandam e por que é nestas alturas que se "dá"!
Para muitos hoje em dia o Natal e o dia de anos, são os únicos dias em que damos algo a alguém.
Devíamos "dar", quando quissé- mos e não quando nos mandam, quando nos aptece- se, não quando os preços baixam, ou assistimos a uma propaganda desenfrada de qualquer artigo.
O natal serve(ou servia) para como tal como há séculos atrás os Reis Magos deram ouro, incenso e mirra cada um de nós desse algo, mas não da maneira com quem é feita hoje em dia, ou seja, dar sem (pelo menos não esperar) receber.
O consumismo é nos imposto não só nos dias "temáticos", mas também nos saldos( que para mim, não é mais do que uma forma de chantagem, muita bem orquestrada, a que resigndamente me vejo obrigado a ceder).
Foi- nos incutido o espírito consumista, não com a globalização mas com a nossa ganância, dar por esperar algo, com uma intenção é obscura.
Quantas famílias não ficam arruinádas devido á ganância de se gastar tudo com vista a agradar?
Recore- se aos visas e multibancos só para consumir, alimentar egos, criar impressões . Não digo que o consumismo vá arruinar a civilição, mas decerto não faz nada para a melhorar, embora pareça.
O consumismo é um vício como os outros, mas este é propagandeado, incentivado e tem alturas próprias, onde é levado ao limite do aceite. Quantos de nós não se fartam dos anúncios publicitários próprios desta altura?
Com este post não estou a dizer para não se consumir, para não se dar no Natal ou nos dias de anos, mas sim para não ceder á publiciade, para dar com conta, peso e medida, e sobretudo com atitude própria.

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