Vi no Canal 2 (um dos poucos com interesse na televisão portuguesa) uma coisa que me assustou, deveras impressionante. O que nós fizemos ao nosso planeta é monstruoso, e vai acabar por extinguir a vida como conhecemos, se nada for feito. O assunto vital, para a nossa sobrevivência, não é a nossa economia, não são as tricas políticas, até nem é o desemprego nem mesmo as guerras no mundo. O que todos, e cada um de nós deveríamos tentar resolver é os problemas ecológicos que nos conduzirão à nossa própria auto-destruição.
Alguns, dos muitos dados alarmantes:
Por dia são caçados largos milhares de tubarões no mundo inteiro, muitos dos quais acabam por ser deitados ao mar ainda vivos, depois de lhes serem cortadas as barbatanas (acabando como não poderia deixar de ser, no prato de muitos orientais – os chineses principalmente são dos povos mais selvagens e bárbaros, e que contribuem mais para estes problemas do mundo). Resultado, o problema não é só a extinção quase certa destes animais, é que com a diminuição do número de tubarões toda a cadeia alimentar fica perturbada; pois os peixes que eles comem vão prosperar, e por sua vez esses peixes vão comer muitos mais outros pequenos peixes que ajudam na manutenção dos recifes de coral, que por sua vez são albergues de milhares de criaturas, além de barreiras naturais contra as tempestades marítimas que invadem a terra.
A pesca excessiva é responsável, pela aniquilação dentro de 40 anos de quase todas as espécies selvagens de peixe. A pesca de arrastão (pesca com uma rede que se arrasta junto ao leito do mar, levando tudo à sua frente), só no ano passado, destruiu uma área de leito marítimo equivalente à Rússia inteira, destruindo muitos recifes com milhões de anos de idade com ela. Mais uma vez, as frotas orientais estão na fonte da maior parte destas animalidades. E com o rarear dos peixes junto à costa, a pesca faz-se cada vez mais em profundidade. Resultado, os peixes que comemos demoram 20 anos a atingiram a maturidade, reproduzindo-se menos, e sendo alguns mais velhos que os nossos bisavós.
O buraco na camada de ozono aumentou 16%, só no ano passado. E todos já sabemos, os efeitos que isso terá a longo prazo, pois a nossa vida só é possível porque a camada de ozono nos protege dos mortíferos raios solares. Resultado, o aumento de doenças cancerígenas relacionadas com a radiação solar, o derretimento dos gelos polares e as inundações que isso provoca, com a submersão de toda a linha costeira, o aumento da temperatura dos oceanos que mata todos os ecossistemas e causa um aumento de fenómenos como os destruidores ciclones e furacões, etc....
A destruição de florestas, às mãos dos madeireiros, agricultores ou incêndios, assim como a agricultura intensiva aumentos em grande medida a dimensão dos desertos mundiais (num fenómeno conhecido como desertificação). Na china, a aérea desertificada já é superior em 2 vezes e meia em relação à área arável. Resultado, as tempestades de areia sucedem-se, e a renovação de oxigénio e eliminação do dióxido de carbono fica comprometida, pois as árvores são um dos pulmões do mundo.
A poluição emitida pelo nosso consume de combustíveis fósseis, é responsável não só pelo efeito estufa que aumenta gradualmente a temperatura mundial de forma dramática, como foi visível do espaço enormes nuvens carregadas de químicos e poluição que percorrem milhões de
quilómetros, fazendo com que por exemplo 25% da poluição de S. Francisco, tenha origem nas fábricas da china, e assim sucessivamente em todo o mundo. E o pior, é que ao contrário do que muitos pensam, 90% do oxigénio na terra é produzido por pequenos animais marinhos (o outro grande pulmão da terra), animais esses cuja protecção do mar se encontra numa frágil “concha” calcária, concha essa que por sua vez se está a deteriorar com o aumento exponencial da acidez das águas dos oceanos. Causado por quê? Por essa poluição que enviamos para a atmosfera, e que o mar absorve e enquanto existirem estes seres, devolve de volta limpo. Agora, existem áreas no mundo, em que só respirar, só inalar este nosso precioso ar equivale a fumar dois maços e meio por dia…
Infelizmente, muito mais tinha para dizer, mas acho que este panorama que vos dou (a triste realidade deste nosso mundo) já é suficientemente assustador. Dizem os cientistas, que dentro de aproximadamente 10 anos, passaremos o ponto de não retorno, ou seja aquele ponto em que, deixemos mesmo de estragar a nossa Terra, parando com qualquer emissão de poluição ou destruição dos eco-sistemas, estaremos inevitavelmente condenados à erradicação. Nós, e toda a vida como a conhecemos. É este problema que temos de resolver. É a volta das soluções que são apontadas por todos, mas por ninguém adoptadas, que a raça humana se tem de unir para sobreviver. Doem-me sinceramente ver, todo o mal que fizemos. Ver que condenamos todos os dias, esta maravilhosa criação, e todas as nossas gerações vindouras ao sofrimento ou à extinção…Esta tem de ser, a nossa política! Em todos os países, com todos os governos, com todas as pessoas. Passa tudo por uma mudança de mentalidade, por uma consciencialização geral e por uma união global…
É mais uma vez, o respeito pela VIDA (e pelo outro), em toda a sua acepção e independentemente da forma que tome, que está aqui em causa.
Fica aqui um bocado da música “Changes” de 2Pac, para que pensem nas mudanças que temos que fazer. E três
sites de importante consulta:
www.worldwildlife.org "We gotta make a change...It's time for us as a people to start makin' some changes.Let's change the way we eat, let's change the way we liveand let's change the way we treat each other.You see the old way wasn't working so it's on us to dowhat we gotta do, to survive."