segunda-feira, janeiro 29, 2007

Grande Caminhada pela VIDA


Ontem, os membros do blog Ecos dos Egos, juntaram-se a dois dos elementos do nosso blog amigo Império Lusitano, e percorreram as ruas de Lisboa numa grande caminhada pela vida (com mais de 20.000 participantes). O percurso começou na Maternidade Alfredo da Costa, e acabou junto a fonte luminosa da Alameda, onde pudemos ouvir alguns testemunhos do flagelo que é o aborto, em especial um de uma mulher espanhola que foi estimulada a abortar pelas pessoas que a “acompanharam”, mulher essa que se arrependeu do que fez (traumatizada física e psicologicamente), enganada por aqueles que lhe disseram que não haveria sequelas do seu acto, e que teve a coragem de se juntar à luta portuguesa. Ouviu-se também um testemunho de um italiano e de um francês, que lutam nos seus países pela protecção d vida e apelaram aos portugueses para que não sigam os exemplos dos seus governos de recuo civilizacional, mas dêem ao mundo uma amostra de verdadeiro desenvolvimento e progresso humano e social votando não pela vida, dando ao mesmo tempo ajuda aos sectores mais carenciados da população para que o aborto não seja uma opção.
Pontos negativos há apenas a registar: a comparência partidarizada do partido PNR (não tenho nada contra o partido em si, apenas contra esta acção), quando a organização prevenira que era uma marcha apartidária e não religiosa, feita por todos aqueles que sabem do profundo erro, que a liberalização do aborto será e por todos aqueles verdadeiramente humanistas e civilmente activos; A registar também, mais uma vez, a falta de coragem do nosso Exmº Presidente da República, Cavaco Silva, ao não comparecer para defender a sua opinião e o voto no não.
Quanto aos actos de vandalismo dos adeptos do sim, que sabendo antecipadamente do percurso da marcha, vandalizaram as paredes com os seus argumentos ridículos, só tenho que lamentar… Mas dada a fauna, muita dela partidária e sindicalista, com muita ideologia e anti-clericarismo à mistura de muitos dos partidários da liberalização, este comportamento não é de estranhar.


O slogan, que mais gostei foi este (reproduzido o mais fielmente possível, de acordo com o que a lembrança me possibilita) - "A Educação faz-nos doutores, o amor torna-nos grandes". Esta frase transmite toda a substância, que deveria envolver a discussão - o amor pelo próximo, pela vida, por uma vida que apesar de não se poder proteger sozinha já existe, única, irrepetível e com o mesmo potêncial que todos nós, nós que temos a obrigação de a proteger sempre e sobre todas as outras coisas, mesmo quando ela se encontra mais fragilizada.
(Fotografias cedidas por: Francisco Nobre)

3 comentários:

Mariana Mar disse...

Foi muito notada a presença de jovens que, como alguns observaram, ainda não podem votar. Porém o direito civico é de cada ser humano que nasça com vida, logo não se estabelece pela maioridade pelo que a presença de jovens é tanto justificada como valiosa

Ze do Telhado disse...

Uma tarde fria, mas bem passada. Impressionou-me a mobilização dos portugueses, habituados em regra ao comodismo, mas que demonstraram capacidade de reacção a este "atentado" que é o referendo à vida. Assim como aos membros do blog, também me decepcionou a falta de comparência do Presidente da República. Todos tomam posições sobre este assunto. De onde vem esta cobardia?
De resto gostava de focar a participação conjunta entre os membros de dois blogs amigos, que se fez com serenidade, respeito e, acima de tudo, com amizade. E foco em particular isto porquê? Porque cada vez mais se torna essencial unirmo-nos em torno de causas comuns, causas que são absolutamente determinantes para o futuro do País, nas quais o empenho, a camaradagem e a determinação desempenham um papel fundamental.

Os meus sinceros cumprimentos e um abraço amigo aos membros do blog.

Thomaz Vaz disse...

Como sempre, pouca foi a atenção dispendida pelas televisões a esta grande marcha, chegando mesmo ao cumulo de um certo canal, apresentar uma história de uma mulher, enganada (supostamente mulher essa, que defnde o sim) num caso já previsto na lei, e que nada releva para a discussão actual do problema, só para ofuscar a seguinte notícia da manifestação!