sexta-feira, janeiro 05, 2007

Duas considerações sobre a execução de Saddam

Queria só deixar duas considerações sob a sentença de pena de morte imposta ao ex-ditador iraquiano Saddam Hussein:
A 1ª é que , a sua morte nada trás de positivo, ajudando a que se dêem mais passos para uma guerra civil no Iraque
A 2ª é que condenação á morte em si, é um acto bárbaro, que vai contra o primeiro direito de cada ser humano: o direito á vida
È aqui que eu quero chegar, ao direito á vida e a sua relação com a pena de morte.
Para mim que sou Cristão e Católico, acredito que a nossa vida está dependente de Deus, que ele o único com poder para no- la dar e tirar.
Mas todos os que não são, penso que concordam comigo, no ponto em que ela é só nossa, e que nenhum outro ser humano tem puder sobre ela.
Actualmente são pelo menos 70 os países que ainda não aboliram a pena de morte. Estes países são na sua maioria originários do Médio Oriente, Ásia, África e América Central.
A maioria dos países que ainda a praticam, são sub- desenvolvidos, onde impera na sua maioria um regime ditatorial ou, onde a democracia é só uma fachada. Há países ditos desenvolvidos e com um bom sistema político que inexplicavelmente ainda usam a pena de morte como sentença em alguns julgamentos, casos da Coreia do Sul, Japão, Singapura ou E.U.A .
Se quase todos os países do Mundo assinaram a carta de Declaração Universal dos Direitos Humanos, por que é que não cumprem o terceiro ponto que diz o seguinte: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”
Que hipocrisia é esta?
A pena de morte, como sentença, não trás nada de novo antes pelo contrário só atrai mais morte; é um retrocesso para o Mundo.
A pena de morte é:
O assassínio premeditado e a sangue frio de um ser humano, pelo Estado, em nome da justiça.
O castigo mais cruel, desumano e degradante.
Um acto de violência irreversível, praticado pelo Estado.
É incompatível com as normas de comportamento civilizado.
É uma resposta inapropriada e inaceitável ao crime violento.
Voltando ao caso concreto de Saddam Hussein, parece- me que há aqui um factor que tem sido esquecido: o facto de a sua morte ser usada como uma arma política, os Estados Unidos quererem mostrar ao mundo que são capazes de assegurar um julgamento (que se pensa ser) justo para o antigo ditador iraquiano, esta condenação sabe- lhes a um prémio de consolação.A morte de Saddam irá fazer dele um mártir e um ídolo paras as futuras gerações, e isso trará inúmeros problemas aos E.U.A e ao Iraque principalmente. A partir de agora haverá muitos mais iraquianos dispostos a dar a vida em memória de Saddam, e de tudo o que ele representava, mas isto já toda a gente sabe

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